O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, afirmou nesta terça-feira (11) que a “reforma tributária corrige erro da Constituição”. A declaração ocorreu durante reunião com investidores brasileiros e britânicos em evento realizado pela Câmara Britânica de Comércio e Indústria no Brasil (Britcham).
“O Rio de Janeiro é o único estado onde sua maior tributação é tributada no destino, e não na origem. É o único estado onde sua maior vocação não fica com seu povo, mas é distribuída para o Brasil inteiro. A reforma tributária veio corrigir isso passando tudo para tributar no destino”, disse o governador se referindo ao mercado de consumo.
O estado carioca é o segundo que mais paga tributação para o governo federal, atrás apenas de São Paulo. “Em valores dominantes, o Rio de Janeiro é o estado que mais ganha com a reforma tributária em dois aspectos: um na arrecadação direta, sem contar no aumento da atividade econômica, seria um aumento imediato na cada de R$ 6,6 bilhões por ano.”
Cláudio Castro citou como segundo ponto as questões portuária, de infraestrutura e de mercado consumidor. “Isso tudo faz a gente imaginar que, em dez anos, o Rio vai ter um aumento de R$ 10 a R$ 15 bilhões na receita anual – o que vai fazer a gente sair deste estado complexo.”
As declarações ocorreram no mesmo dia em que o presidente do Senado,
Rodrigo Pacheco (PSD-MG)
afirmou que a Casa deve analisar o texto em até dois meses.
“É o tempo necessário da maturação e de entendimento de todos os pontos da reforma tributária e do esgotamento da certeza do Senado em relação à pertinência desses pontos. O que eu estimo, é só uma estimativa mesmo, é que possamos fazer esse trabalho e exauri-lo ao longo de 2 meses e possamos no meio desse segundo semestre a apreciação pelo Senado”, afirmou Pacheco.
Na mesma reunião com empresários, o governador do Rio de Janeiro disse ainda que o estado do Rio de Janeiro funciona no azul, sem déficit nas últimas três leis orçamentárias anuais e que atua para atrair mais investimentos.
“Estamos caminhando a passos largos para ser o melhor lugar do Brasil para investidores graças ao trabalho que fazemos para termos segurança política contra a criação de novos impostos e nossas relações internacionais com Reino Unido, Estados Unidos, Itália, Índia e China.”, concluiu.