Da Redação Avance News
Você já iniciou a semana sabendo que vai ser “daquelas”? Cheia de compromissos, reuniões, trabalho… Acredite: a Lua também está nessa mesma situação. O satélite natural da Terra está “com a agenda lotada” – e a órbita bem congestionada.
Resumidamente:
- Segunda-feira (17/07): início de novo ciclo lunar
- Terça-feira (18/07): Lua no periélio
- Quarta-feira (19/07): conjunção com Mercúrio
- Quinta-feira (20/07): apogeu lunar e conjunção com Vênus
- Sexta-feira (21/07): conjunção com Marte
(Todos os horários mencionados a seguir têm como referência o fuso de Brasília)
Leia mais:
Compromissos da Lua nesta semana em detalhes
Início de novo ciclo lunar
Conforme disponibilizado no calendário lunar mensal do Olhar Digital, a Lua entra na fase nova nesta segunda-feira (17) às 15h33, marcando o início desta lunação.
Uma lunação ou ciclo lunar, como é chamado o intervalo de tempo entre luas novas, é sutilmente variável, com média de duração de 29,5 dias. Durante esse período, a Lua passa pelas quatro fases principais (nova, crescente, cheia e minguante), e cada uma se prolonga por aproximadamente sete dias.
Também existem as “interfases”: quarto crescente e crescente gibosa (entre as fases nova e cheia) e minguante gibosa e quarto minguante (entre a cheia e a minguante).
Lua no periélio
Na manhã de terça-feira (18), a Lua alcançará o periélio, que é o ponto de sua órbita atual mais próximo do Sol. Segundo o guia astronômico InTheSky.org, isso acontece às 8h24, quando ela estará a 1,0137 unidades astronômicas (UA) da nossa estrela hospedeira – algo em torno de 151 milhões de km.
Quando a Lua chegar ao periélio, ela vai estar na constelação de Câncer, enquanto o Sol estará em Gêmeos.
Conjunção com Mercúrio
Dando continuidade à sua “turnê mensal” de julho pelos planetas do Sistema Solar, na manhã desta quarta-feira (19), a Lua vai dar uma “passadinha” por Mercúrio, que vai compartilhar a mesma ascensão reta com o nosso satélite natural, aparecendo muito próximo a ele no céu às 5h57, em um fenômeno chamado de conjunção astronômica.
Tomando por referência um observador baseado em São Paulo, a dupla será visível a partir das 7h58, desaparecendo no horizonte pouco antes das 19h. Isso significa que o momento exato da conjunção em si não poderá ser observado – mas ainda assim será possível vê-los bem próximos no céu no início da noite.
Apogeu lunar e conjunção com Vênus
A quinta-feira (20) também não traz descanso para a Lua. Logo de madrugada, pouco antes das 4h, ela atinge o apogeu – a posição mais distante da Terra ao longo de sua órbita ao redor do nosso planeta.
A distância da Lua em relação à Terra varia porque sua órbita não é perfeitamente circular – é ligeiramente oval, traçando um caminho conhecido por elipse. À medida que a Lua atravessa esse caminho elíptico ao redor do planeta a cada mês, sua distância varia 14%, entre 356.500 km no perigeu (aproximação máxima) e 406.700 km no apogeu (ponto mais distante).
O tamanho angular do astro também varia pelo mesmo fator, bem como seu brilho se altera, embora isso seja difícil de detectar na prática, já que as fases da Lua estão mudando ao mesmo tempo.
Um pouco mais tarde, às 5h38, ocorre a conjunção lunar com Vênus, que assim como a de Mercúrio, não será visível. Com ambos posicionados na constelação de Leão, a dupla surge bem juntinha no horizonte somente às 8h24, permanecendo acessível até quase 20h.
Conjunção com Marte
E o “sextou” da Lua será “nos braços” de Marte, ou melhor, em conjunção com o Planeta Vermelho – encerrando assim o passeio de julho pelo Sistema Solar.
No início da madrugada, por volta da 1h, eles vão compartilhar a mesma ascensão reta, ficando bem próximos no céu ao longo de toda a noite (mas, infelizmente, abaixo da linha do horizonte, impossibilitando a nossa visão).
O par só aparece quase 9h da manhã no céu, até sumir novamente no horizonte por volta das 20h27.
Essa série de conjunções ocorre porque a Lua orbita a Terra aproximadamente no mesmo plano em que os planetas orbitam o Sol, chamado plano da eclíptica.
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