Da Redação Avance News
Mato Grosso se encontra no período proibitivo para a cultura da soja desde o dia 15 de junho. Durante 90 dias os cuidados com a presença da soja tiguera são essenciais, tendo em vista que as plantas voluntárias são uma ponte verde para a ferrugem asiática. Doença que pode causar riscos de produtividade e custos de produção.
O vazio sanitário da oleaginosa é considerado uma das medidas mais importantes para o controle da ferrugem asiática e é o tema do episódio do Patrulheiro Agro desta semana.
O agricultor Zilto Donadello, comenta que há oito anos um caso de ferrugem asiática o fez perder cerca de 20% da safra.
“É a consciência que o produtor tem que ter. É a segurança dele, é o ganha pão dele, é a produção soja e milho. Então, ele a lavoura, quanto mais limpa melhor. Planta de soja tiguera aqui nem pensar, não pode, tem que eliminar”, comenta Zilto, que na safra 2023/24 deve cultivar 420 hectares em sua propriedade no município de Cláudia.
O fungo só se desenvolve e se multiplica na presença de hospedeiros vivos, ou seja, no período da entressafra as plantas que se desenvolverem, nascidas de grãos perdidos na colheita, criam uma vantagem para a sobrevivência do patógeno. Dessa forma, o risco de perdas nas lavouras aumenta.
Entidades do setor, como o Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT), explicam que os produtores estão cada vez mais atuantes nestas questões.
“O próprio produtor, quando se encontra nessa situação, acaba fazendo de forma voluntária, embora a legislação não preconiza a obrigatoriedade do produtor e sim da prefeitura”, explica o gerente regional do Indea-MT, Rodrigo Gargantini.
Em Mato Grosso, o período do vazio sanitário vai de 15 de junho a 15 de setembro. A multa para quem não o cumprir é de 30 Unidades Padrão Fiscal de Mato Grosso (UPF/MT) e mais duas UPFs por hectare com a presença da planta.
Para o presidente do Sistema Famato, Vilmondes Tomain, o vazio deve ser obedecido uma vez que os produtores já sabem a importância disso para suas lavouras.
“O produtor tem que estar atento e controlar é o momento de ter capricho porque isso vai evitar custos maiores lá na frente que muitas vezes não traz a eficiência que o produtor precisa no controle. E pode aumentar ainda mais os custos do produtor diminuindo a renda ou até podendo ameaçar a continuidade da atividade”, finaliza o vice-presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Lucas Beber.
+Confira todos os episódios da série Patrulheiro Agro
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