Da Redação Avance News
Há muito tempo, o consenso que se tem sobre o armazenamento das memórias no cérebro é que elas ficam hipocampo e, com o tempo, se movem para outro local do órgão. No entanto, uma pesquisa propôs uma nova teoria: de que o armazenamento é definido de acordo com a utilidade daquela memória no futuro.
Leia mais:
Como funciona a memória
Atualmente, a teoria mais aceita é que a memória é armazenada no hipocampo, local em que ela se forma, e com o tempo passa para o neocórtex, região responsável pela linguagem e raciocínio lógico, e onde ela ficará a longo prazo.
No entanto, algumas pesquisas mostram que esse consenso nem sempre se sustenta, uma vez que algumas memórias nunca chegam a ser transferidas para o neocórtex. Diversos profissionais da área tentam entender o que acontece nesse processo mais complicado, mas nenhum chegou a uma conclusão sólida.
Até agora.
Nova compreensão da memória no cérebro
- A nova teoria, desenvolvida por pesquisadores do Janelia Research Campus, em Virgínia, e colaboradores da Universidade da Califórnia, propõem que a memória reside onde ela terá mais utilidade no futuro.
- Segundo eles, a memória se consolidará no neocórtex apenas se melhorar a generalização do cérebro. A generalização é construída a partir de componentes confiáveis e previsíveis da memória para ajudar o ser humano a entender o mundo, como associar a água à sede.
- Isso é diferente das memórias episódicas — aquelas que são específicas de momentos vividos e têm características únicas, individuais às pessoas.
- Na teoria deles, a memória não vai de um ponto para outro no cérebro, mas o órgão cria uma nova memória que é uma generalização das memórias anteriores e define se ela irá continuar no hipocampo ou será movida para o neocórtex.
- Assim, não é o tempo que define o movimento, mas sim a utilidade dessa memória para o ser humano.
Próximos passos
Agora, os pesquisadores vão colocar a teoria em prática para ver até que ponto a memória se comporta como eles previram.
Outro aspecto dos testes é descobrir como o cérebro classifica o que será “útil” no futuro e o que não é.
Com informações de Medical Xpress
Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube? Inscreva-se no nosso cana