terça-feira, 26 novembro 2024
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Trigo: guerra na Europa impacta nos preços

Da Redação Avance News

Foto: Daniel Popov

Na última semana, o mercado internacional de trigo foi impactado pela suspensão do acordo de exportação de grãos pelo Mar Negro entre Rússia e Ucrânia.

A não renovação do acordo por parte da Rússia, que alegou descumprimento de cláusulas por parte do país vizinho, levou a um aumento significativo nos preços externos do cereal. O que consequentemente gera preocupações em relação à disponibilidade do trigo para suprir a demanda mundial.

De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a interrupção desse acordo bilateral trouxe incertezas ao mercado global de trigo, pois ambos os países são grandes players na exportação do grão.

Além disso, a região do Mar Negro é uma importante rota de escoamento para os grãos produzidos na região.

Ou seja, a sua suspensão pode afetar o abastecimento em diversos países que dependem dessas exportações.

A elevação dos preços externos do trigo reflete também no mercado interno. Segundo dados levantados pelo Cepea, as cotações do cereal tiveram uma expressiva alta, influenciada diretamente pela conjuntura externa. Com isso, o cenário gera preocupações entre os setores alimentícios e agroindustriais no país, que dependem desse importante insumo.

Brasil afetado?

No entanto, especialistas ressaltam que, apesar do impacto da suspensão do acordo Rússia-Ucrânia nos preços do trigo, o Brasil não deve enfrentar uma crise de abastecimento.

Isso se deve ao fato de a Ucrânia não figurar entre as principais origens do trigo importado pelo país.

Além disso, a produção nacional de trigo tem apresentado crescimento consistente nas últimas safras, o que fortalece a autonomia do Brasil na produção desse grão fundamental.

Ainda assim, as preocupações em relação à disponibilidade global do trigo persistem, principalmente diante do aumento da demanda em âmbito internacional.

Outros países importadores podem enfrentar maiores desafios para garantir seus suprimentos, e eventuais problemas na produção de outras nações exportadoras poderiam agravar ainda mais a situação.



Fonte: Canal Rural

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