Da Redação Avance News
Os asteroides têm chamado a atenção da humanidade recentemente por dois motivos, eles podem oferecer oportunidades econômicas, como a mineração, e colidirem com a Terra, o que seria devastador. Assim, encontrar esses objetos tem se tornado importante, e agora os cientistas possuem um algoritmo para ajudá-los nessa busca.
Para detectar novos asteroides, os pesquisadores geralmente utilizam telescópios especializados como o ATLAS, na Universidade do Havaí. No entanto, para conseguir encontrá-los, geralmente é preciso obter imagens do mesmo trecho do céu quatro vezes em uma única noite, até mesmo aqueles que chegam mais perto da Terra, a 8 milhões de quilômetros, conhecidos como potencialmente perigosos.
Com o novo algoritmo, chamado de HelioLinc3D e desenvolvido por Ari Heinze, é possível encontrar um asteroide a partir de dados de observações de um mesmo telescópio espalhadas por vários dias.
Asteroide detectado
Esse algoritmo já encontrou seu primeiro asteroide potencialmente perigoso, o 2022 SF289. A primeira observação dele aconteceu em 19 de setembro de 2022, tendo sido observado apenas uma vez na noite. No entanto, o ATLAS conseguiu observá-lo mais três vezes em outras duas noites, permitindo que o HelioLinc3D conseguisse detectar o objeto.
Apesar do 2022 SF289 possuir 180 metros de comprimento e passar a cerca de 225 mil quilômetros da Terra, é quase improvável que ele colida com o planeta em algum momento do futuro.
Após o algoritmo encontrar o objeto, a descoberta foi confirmada por outros telescópios especializados em encontrar asteroides, como o Catalina Sky Survey e o Pan-STARRS. O sistema , no entanto, foi projetado para funcionar em observatórios muito mais poderosos, como Vera C. Rubin, que entrará em operação no Chile no início de 2025 e irá requerer apenas duas capturas por noite para encontrar objetos como o 2022 SF289.
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