Presidente participa de evento no Estado nos próximos dias. Fazendeiro é ainda é apontado como homem vinculado à grilagem e ao garimpo. Ministério da Justiça confirmou a prisão. A Polícia Federal prendeu no fim da tarde desta quinta-feira (3) um fazendeiro do Pará suspeito de ter ameaçado “dar um tiro” no presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que visitará o Estado nos próximos dias. A prisão foi em Santarém.Segundo pessoas familiarizadas com a investigação, André Luiz Teixeira chegou a tentar descobrir o hotel em que Lula vai se hospedar em Santarém. Está previsto que o presidente chegue nesta sexta (4) à cidade.Em comunicado, a PF afirma que o homem teria feito as ameaças enquanto fazia compras em uma loja de bebidas na quarta-feira (2). Enquanto realizava a compra, o homem teria dito que daria um tiro na barriga do presidente e perguntado aos presentes se sabiam onde ele se hospedaria quando fosse ao município.O inquérito foi instaurado após uma das testemunhas realizar uma denúncia logo após o ocorrido. Ele responderá pelos crimes de ameaça e incitação de atentado contra autoridade por motivação política.O fazendeiro é apontado ainda como homem vinculado à grilagem e ao garimpo. Ele teria terras avaliadas em mais de R$ 2,5 milhões. Ao ser encontrado pela PF nesta quinta, o suspeito disse aos policiais que teria participado dos atos de 8 de janeiro, em Brasília, e que teria invadido o salão verde da Câmara dos Deputados. Segundo o próprio homem, ele teria participado das manifestações em frente ao 8º Batalhão de Engenharia de Construção situado na cidade de Santarém durante 60 dias ininterruptos e que, inclusive, financiou a manifestação com R$1 mil todos os dias.O presidente participa da Cúpula da Amazônia, nos dias 8 e 9 de agosto, no Pará. Antes, no dia 7, está previsto que Lula visite o Navio Hospital Escola Abaré, e no mesmo dia, às 9h30, participa da Inauguração da Infovia 01.Procurado, o Ministério da Justiça se limitou a confirmar a prisão. Nas redes sociais, o ministro da Justiça, Flávio Dino, disse na noite desta quinta-feira que as ameaças a autoridades dos Poderes da República “não é liberdade de expressão” e que a PF “seguirá aplicando a lei contra criminosos”.”Mesmo após o fracasso dos atos golpistas de 8 de janeiro, ainda existem pessoas que ameaçam MATAR ou AGREDIR FISICAMENTE autoridades dos Poderes da República. Isso não é “liberdade de expressão” e a Polícia Federal seguirá aplicando a lei contra criminosos. Renovo os apelos para que as pessoas protestem pacificamente e esperem a eleição de 2026.”