segunda-feira, 25 novembro 2024
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NASA e SpaceX retornam amostras científicas da ISS para análise

Da Redação Avance News

Neste sábado (15), a 27ª missão de serviços comerciais de reabastecimento da SpaceX para a NASA (CRS-27) retorna da Estação Espacial Internacional (ISS) trazendo diversas amostras científicas para análise.

A cobertura ao vivo da saída de cápsula de carga Dragon da estação começa às 11h45 (horário de Brasília), pela NASA TV, no site, no canal oficial da agência no YouTube e no app

Entre os estudos que a missão traz de volta à Terra estão experimentos envolvendo cultivo de plantas, segurança contra incêndios e alterações nos músculos e artérias dos tripulantes do laboratório orbital, que serão encaminhadas para o Centro Espacial Kennedy, onde os cientistas vão conduzir análises adicionais antes que os efeitos da gravidade entrem em ação.

Leia mais:

Alguns dos experimentos a serem examinados pela NASA

Cultivo de tomates cereja no espaço:

O experimento Veg-05 cultivou tomates cereja nas instalações da estação para entender os efeitos da qualidade da luz e do fertilizante na produção de frutas, segurança microbiana e valor nutricional. 

Segundo a agência, a capacidade de cultivar plantas no espaço para obter alimentos frescos e melhorar a experiência de vida dos membros da tripulação é fundamental para futuras missões de longa duração. 

Pés de tomate cereja crescendo na estação espacial para o experimento Veg-05. Créditos: NASACréditos: NASA

Na Terra, o hardware, uma estufa em miniatura, poderia ser adaptado tanto para fornecer produtos frescos para aqueles sem acesso a um quintal quanto na terapia hortícola para idosos ou pessoas com deficiência. 

A tripulação realizou três colheitas aos 90, 97 e 104 dias, congelando os tomates junto com amostras de água e cotonetes das telas de crescimento. 

Segurança contra incêndios:

O hardware Ignição e Extinção de Combustível Sólido – Crescimento e Limite de Extinção (SoFIE-GEL, na sigla em inglês) estuda a queima em microgravidade, incluindo como a temperatura do combustível afeta a inflamabilidade do material. 

Esta sequência de imagens da investigação SoFIE-GEL mostra uma chama à medida que a concentração de oxigênio ambiente é reduzida. Créditos: NASA

Segundo a NASA, a investigação poderia melhorar a segurança dos membros da tripulação em missões futuras, aumentando a compreensão do comportamento inicial do crescimento do fogo, validando modelos de inflamabilidade e ajudando a determinar técnicas ideais de supressão de incêndio. 

“Estudar chamas no espaço sem as complicações da flutuabilidade também ajuda a melhorar os modelos computacionais de combustão para aplicações terrestres”, diz a agência em um comunicado.

Testando o tônus e elasticidade dos músculos dos astronautas:

Myotones, uma investigação da Agência Espacial Europeia (ESA), observa as propriedades dos músculos, como tônus e elasticidade, durante voos espaciais de longo prazo. Os resultados podem levar ao desenvolvimento de estratégias para proteger a função muscular dos astronautas em futuras missões espaciais e para reabilitar pessoas que experimentam perda de função muscular na Terra. 

Experimento da ESA testa a tonicidade muscular dos astronautas no espaço. Créditos: ESA

Alterações nas propriedades musculares são refletidas por mudanças nos biomarcadores transmitidos pelo sangue, e os cientistas planejam examinar esses biomarcadores em amostras de sangue coletadas durante o voo e após o retorno à Terra.

Enrijecimento arterial:

De acordo com a NASA, os astronautas podem experimentar enrijecimento arterial acelerado e paredes arteriais mais espessas após seis meses no espaço, e uma sessão diária de exercício aeróbico por si só pode não ser suficiente para neutralizar esses efeitos. 

Akihiko Hoshide, da Agência Espacial do Japão (JAXA) usa um dispositivo que testa como o voo espacial de longo prazo afeta o risco cardiovascular dos astronautas. Créditos: NASACréditos: NASA

A Vascular Aging, uma investigação da Agência Espacial Canadense (CSA), monitora essas mudanças usando ultrassonografias de artérias, amostras de sangue, testes de tolerância à glicose e sensores vestíveis. 

Os resultados podem ajudar a identificar e avaliar o risco para a saúde cardiovascular dos astronautas e apontar procedimentos para reduzir esse risco. Para a população idosa na Terra, a compreensão dos mecanismos por trás da rigidez arterial poderia fornecer informações para orientar a prevenção e o tratamento. 

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Fonte: Olhar Digital

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