Da Redação Avance News
Os preços da soja foram intensamente pressionados na última semana. Para o consultor de Mercado e fundador da Agromove, Alberto Pessina, dois fatores explicam o movimento.
“O primeiro deles está relacionado aos problemas de chuva que vinham sendo registrados nos Estados Unidos. Houve melhora e a perspectiva de condição de lavoura entre boas e excelentes, que vinham entre 11% e 12% piores do que a média dos últimos cinco anos, já começou a melhorar”.
Assim, as perspectivas da oleaginosa em Chicago começam a acalmar o mercado. “Já o segundo fator está relacionado ao câmbio. Tivemos uma oscilação e ele voltou a desvalorizar no Brasil […]. Automaticamente, isso faz com que a soja brasileira fique mais barata em dólar, o que pressiona Chicago que também cai”.
Condições da soja para o futuro
Pessina acredita que as condições das lavouras de soja dos Estados Unidos já estão melhores, o que tira força do clima nos efeitos das cotações.
Já o câmbio, o consultor acredita que continuará mais desvalorizado. “Já a longo prazo, começam a entrar as condições da safra brasileira. Então, precisamos prestar atenção a esses riscos climáticos que estão aparecendo, como o El Niño”.
De acordo com Pessina, ao analisar a safra 2023/24, duas realidades futuras são possíveis: muito estresse climático ou excesso de oferta.
“Em um cenário de clima desfavorável no Brasil, poderemos ver os preços se aproximarem da banda superior de nossa projeção, entre R$ 170 e R$ 180 a saca. Hoje, os mapas climáticos estão nos dizendo que de Mato Grosso do Sul para cima, na divisa com Mato Grosso, haverá problemas climáticos em setembro, outubro e novembro, com menos chuva”.
Contudo, no outro extremo, considerando uma super safra brasileira e uma norte-americana com condições relativamente positivas, haverá pressão nos preços.
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