Da Redação Avance News
A bancada federal de Mato Grosso, formada pelos três senadores e oito deputados federais, deverá se reunir com o governador do estado, Mauro Mendes (União), e com representantes dos produtores rurais da região para definir qual será a estratégia frente à possibilidade de demarcação da Terra Indígena Kapôt Nhinore, localizada entre os município de Vila Rica e Santa Cruz do Xingu (em Mato Grosso) e São Félix do Xingu (Pará).
Área de aproximadamente 362.243 hectares, a maior parte ocupada por sojicultores, engloba 187 propriedades já listadas (veja lista das propriedades aqui) e outras 14 que estão em estudo, chegando a 201 o numero de propriedades agrícolas que deixariam de existir. As terras passariam a ser habitadas por cerca de 60 indígenas.
Para o senador Jayme Campos a desapropriação é resultado de uma ação “de ongs que estão a serviço de outros países [a intenção seria evitar que o agronegócio brasileiro continue batento recordes de produção]. É inconcebível, as pessoas estão lá há muito mais de trinta anos nessas propriedades, produzindo, todos com escrituras públicas, documentadas, e agora sem nenhum motivo dizer que… diz que tem 60 índios, para colocar em 360 mil hectares. Isso não passa (de ação) dessas ongs que estão a serviço de outros países”, declarou o Senador Jayme Campos.
Segundo o senador, se o Executivo Federal ir adiante na demarcação do território, ele vai apresentar um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) para tornar a medida sem efeito. “Nesse caso, você faz um decreto através de um PDL e nós suspendemos o decreto do Executivo”, explicou.