terça-feira, 26 novembro 2024
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Dá para prevenir ataques cardíacos com décadas de antecedência, diz pesquisa

Da Redação Avance News

Já imaginou realizar um tratamento para o coração, mesmo tendo um sistema cardiovascular perfeitamente saudável, só para prevenir um ataque cardíaco que poderia rolar décadas depois? Pode parecer ficção científica, mas uma descoberta pode tornar a prevenção de ataques cardíacos com tanta antecedência, algo inimaginável até agora, possível.

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Prevenção a ataques cardíacos

As doenças cardíacas estão entre as principais causas de morte de pessoas. E o professor Eldad Tzahor, que estuda regeneração do tecido cardíaco no laboratório no Weizmann Institute of Science, achou que preveni-las seria algo impossível.

Até que ele e outros pesquisadores ativaram um mecanismo celular em corações de camundongos saudáveis que os protegeu contra futuros ataques cardíacos, mesmo após meses da ativação.

Descoberta ainda não pode ser aplicada a humanos (Imagem dragana991/iStock)

Como a descoberta foi feita

  • Ataques cardíacos são tão fatais porque matam um número grande de cardiomiócitos (células do músculo cardíaco) que o corpo não consegue regenerar;
  • Segundo o site Medical Xpress, para realizar a descoberta, a equipe analisou camundongos geneticamente modificados com cardiomiócitos com excesso de um gene que desencadeia a divisão celular, o ERBB2;
  • Na prática, isso faz com que essas células se multipliquem naturalmente (coisa que o organismo de quem não tem o gene não consegue fazer);
  • À princípio, a modificação não saiu como esperado e o coração retrocedeu. Mas os cardiomiócitos voltaram a seu estado normal depois e o desempenho cardíaco melhorou como um todo.
Ilustração realista de coração e sistema circulatório de uma pessoa
Pesquisadores descobriram que gene melhora a resistência do coração dos camundongos (Imagem: Reprodução/American Health Care Academy)

Segunda etapa

Mesmo após o gene ser “desligado”, os pesquisadores ainda encontraram benefícios dele a longo prazo no órgão. Para testar isso, eles propuseram uma segunda etapa, na qual “ligariam” e “desligariam” os genes novamente.

Depois, eles observaram como os camundongos se recuperaram de uma lesão cardíaca. Eles perceberam que os camundongos que passaram pela fase de superexpressão do gene ERBB2 se recuperaram, enquanto outros comuns não.

Encontramos uma fonte cardíaca de juventude naqueles camundongos, uma nova maneira de tornar o coração mais jovem e forte.

Eldad Tzahor, professor

Importância da pesquisa

O estudo ainda está longe de ser aplicado em humanos. Mas os testes ajudam a entender como os órgãos cardíacos funcionam em relação a esse gene.

Agora, os cientistas estão tentando desvendar os motivos exatos pelos quais o gene provoca as mudanças no sistema cardiovascular.

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Fonte: Olhar Digital

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