Uma acusação alega que o ex-presidente dos EUA Donald Trump tentou “solicitar ilegalmente” ao secretário de Estado da Geórgia, Brad Raffensperger, que violasse seu juramento de posse durante uma ligação de 2 de janeiro de 2021, na qual Trump pediu a Raffensperger para ajudá-lo a mudar os resultados na Geórgia nas eleições de 2020.
“Então, veja. Tudo que eu quero fazer é isso. Só quero encontrar 11.780 votos, que é um a mais do que temos. Porque ganhamos o estado”, disse Trump a Raffensperger durante a ligação.
Trump e seu então chefe de gabinete Mark Meadows – que também estava na ligação e mencionado na acusação – são acusados de solicitar uma demanda ilegal e importunar ilegalmente Raffensperger em sua qualidade de funcionário público, de acordo com a acusação.
Trump também é acusado de fazer declarações falsas conscientemente para Raffensperger durante a ligação.
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A acusação lista 13 declarações falsas que Trump fez “conscientemente, intencionalmente e ilegalmente” na ligação de 2 de janeiro, incluindo “que cerca de 5.000 pessoas mortas votaram nas eleições presidenciais de 3 de novembro de 2020 na Geórgia”.
A acusação formal ecoa uma alegação feita pelo conselheiro especial do Departamento de Justiça, Jack Smith, em seu indiciamento federal anterior contra Trump, no qual o escritório de Smith alegou que o ex-presidente mentiu para Raffensperger durante a ligação enquanto tentava obter o apoio do secretário.
Além disso, a acusação também cita uma carta que Trump escreveu a Raffensperger meses depois de deixar o cargo, datada de 17 de setembro de 2021 – na qual Trump pediu a ele para cancelar a certificação dos resultados das eleições de 2020 – como outro exemplo de uma declaração sabidamente falsa que Trump fez ao principal oficial eleitoral da Geórgia.
Raffensperger testemunhou perante o grande júri especial no condado de Fulton em junho de 2022.
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