As buscas pelos três adolescentes desaparecidos depois de um tiroteio no Espírito Santo foram suspensas no domingo (27) pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp), após 120 horas de operações.
No dia 18 de agosto, Carlos Henrique (15 anos), Kauã Loureiro (15 anos) e Wellington Gomes (14 anos), foram vistos pela última vez em Sooretama. Eles desapareceram após um tiroteio na vizinhança do bairro onde moram.
“Apesar do empenho de todos os recursos humanos, tecnológicos e operacionais disponíveis, os três adolescentes ainda não foram localizados”, diz nota enviada pela Sesp. Segundo o comunicado, “nenhum vestígio dos adolescentes foi encontrado”.
A demora por notícias dos adolescentes mexe com os pais, que seguem sem saber o que aconteceu com seus filhos.
“Está indo para o décimo dia que eu não vejo meu filho, e as outras mães não veem os filhos delas. Nós estamos aqui angustiadas, sem saber de nada”, diz Simone Aparecida Gomes Damon, mãe de Wellington Gomes.
As buscas contaram com uso de cães farejadores, drones, helicóptero e participação da comunidade local, além de equipes da Polícia Militar, Polícia Militar Ambiental, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros, que rastrearam plantações, áreas de mata, descampados, imóveis e lagoas.
“Nós estamos aqui aguardando resposta porque o coronel falou que ia dar resposta a nós, e até agora nada, a resposta não vem”, afirmou Simone.
Na sexta-feira (25), um veículo chegou a ser apreendido, e foi encontrado sangue humano em seu interior. Amostras genéticas coletadas por familiares dos jovens estão sendo usadas para comparação por meio de DNA, mas até o momento da publicação desta reportagem os resultados ainda não foram divulgados.
Apesar da suspensão das buscas, as investigações a respeito do caso seguem em andamento.
“O trabalho investigativo da Polícia Civil, iniciado desde o momento em que o desaparecimento foi comunicado às autoridades, terá continuidade por meio da Delegacia de Polícia de Sooretama, que conta com apoio da Superintendência de Polícia Regional Norte, do CIAT Norte, da Delegacia Regional de Linhares e da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Linhares”, informa o comunicado.
Os canais de denúncia também seguem abertos. Qualquer informação ligada aos desaparecimentos pode ser enviada de forma anônima por meio do disque-denúncia 181.
*Sob supervisão de Vital Neto
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