O governo federal autorizou o uso da Força Nacional no feriado de 7 de Setembro — Dia da Independência — em Brasília. O objetivo é dar apoio na segurança do desfile cívico-militar, marcado para começar às 9h de quinta-feira (7).
A celebração deve durar cerca de duas horas e contará com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), entre outras autoridades. A expectativa do governo para o público é de 30 mil pessoas.
Segundo a portaria, a Força Nacional trabalhará em conjunto com a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF). A quantidade de pessoas escaladas ainda não foi divulgada.
A função da força será “auxiliar na proteção da ordem pública e do patrimônio público e privado, da União e do Distrito Federal”.
A portaria foi assinada pelo ministro da Justiça, Flávio Dino, e publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (5).
A Força Nacional de Segurança Pública foi criada por um decreto em 2004 e constitui um programa de cooperação entre os estados brasileiros e o governo federal. Não fazem parte integrantes das Forças Armadas.
O grupo é composto por policiais militares, bombeiros militares, policiais civis e profissionais de perícia dos estados. Ou seja, os integrantes da força não são funcionários do governo federal, mas agentes de segurança dos estados que são selecionados pela União e passam por cursos de instrução.
O Governo do Distrito Federal (GDF) tem discutido, junto a outras instituições, a segurança da capital federal no 7 de Setembro. Com isso, foi montado o Gabinete de Mobilização Institucional, que reúne agentes da SSP-DF, da Polícia Federal (PF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
O ministro Flávio Dino afirmou, na segunda-feira (4), que há um “clima de tranquilidade” para as comemorações. Ele disse que as forças de segurança já estão trabalhando para evitar ataques como os registrados em 8 de janeiro.
Segundo apuração do analista Gustavo Uribe, o Exército brasileiro vai mobilizar 17 mil militares para os desfiles. Apenas na capital federal, o contingente estimado é de 2 mil militares. Os acessos à capital federal são monitorados pela Polícia Civil e pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).
A celebração deve custar pouco mais de R$ 3 milhões aos cofres do governo federal – cerca de R$ 300 mil a menos do que foi gasto pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no ano passado.
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