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Ansiedade: Quais sinais e como lidar? Entenda condição que afeta cantor Wesley Safadão
Foto: Reprodução Redes Sociais

Ansiedade: Quais sinais e como lidar? Entenda condição que afeta cantor Wesley Safadão

O cantor Wesley Safadão  anunciou neste final de semana uma pausa na carreira por tempo indeterminado.
Por meio de nota, a assessoria de Safadão alegou que a pausa nos shows se dá por conta das crises de ansiedade que o artista vem sofrendo.

A ansiedade passa a ser caracterizada como um transtorno quando prejudica o desenvolvimento de atividades diárias e o bem-estar do indivíduo.

Segundo relatório do Observatório da Atenção Primária à Saúde, plataforma que agrega dados, análises, pesquisas e informações sobre saúde pública no Brasil, o número de internações por transtornos de ansiedade em 2023 é de 1.328 em uma população de 202.099.040 habitantes.

Deste número, 31,6% correspondem ao público masculino e 68,4% ao público feminino.

Gráfico mostra número de internações por transtornos de ansiedade por sexo e faixa etária
Foto: Reprodução DATASUS

Gráfico mostra número de internações por transtornos de ansiedade por sexo e faixa etária

O Portal IG
ouviu a psicóloga e Best-Seller do livro “Você Vive ou Sobrevive?”, Luana Ganzert, a respeito dos sintomas, causas, tratamentos e tipos de ansiedade.

Segundo Luana, a ansiedade é considerada um distúrbio quando sentimentos de preocupação, medo ou apreensão excessiva em relação a situações futuras ou eventos são intensos, persistentes e interferem nas atividades diárias de uma pessoa.

Os sintomas emocionais são, em boa parte dos casos, acompanhados por manifestações físicas como tensão muscular, sudorese, batimentos cardíacos acelerados e dificuldade de concentração.

“Existem vários tipos de transtornos de ansiedade, como o transtorno de ansiedade generalizada, o transtorno do pânico, o transtorno obsessivo-compulsivo, entre outros. O tratamento envolve terapia, medicamentos ou uma combinação de ambos, dependendo da gravidade dos sintomas”, informa a psicóloga.

Ansiedade: sintomas e causas

A especialista explica que os sintomas da ansiedade podem variar de pessoa para pessoa, mas existem alguns principais, tais como:

  • Preocupação excessiva e pensamentos negativos frequentes;
  • Inquietação ou sensação de nervosismo constante;
  • Tensão muscular, que pode levar a dores no corpo;
  • Irritabilidade;
  • Dificuldade em concentrar-se;
  • Fadiga ou cansaço excessivo;
  • Batimentos cardíacos acelerados;
  • Respiração rápida ou falta de ar;
  • Sudorese excessiva;
  • Tremores ou sensação de estar “agitado”;
  • Problemas para dormir, como insônia;
  • Sensação de aperto no peito ou desconforto gastrointestinal.


Luana explicou ainda que as crises de ansiedade podem ser desencadeadas por uma variedade de fatores e situações, e a causa exata pode variar de pessoa para pessoa.

Alguns dos desencadeadores mais comuns, segundo a especialista, são:

  • situações estressantes, como problemas financeiros,
  • problemas no trabalho, relacionamentos conflituosos ou eventos traumáticos;
  • a preocupação excessiva com eventos futuros, como apresentações públicas, exames ou viagens;
  • certas condições médicas, como doenças cardíacas, problemas hormonais e distúrbios do sono;
  • alguns traços de personalidade, como perfeccionismo ou tendência ao pessimismo.

“A ansiedade também pode ter uma causa na predisposição genética, o que significa que você pode ser mais suscetível se tiver familiares com histórico de ansiedade, além de alterações nos neurotransmissores cerebrais, como a serotonina, que podem desempenhar um papel no desenvolvimento de transtornos de ansiedade”, acrescenta.

A importância do tratamento adequado

Quando questionada sobre o tratamento adequado, Luana reforça a importância de buscar orientação médica e psicológica adequada para tratar o transtorno de forma eficaz.

Segundo a especialista, a medicação sem prescrição médica pode ter uma série de efeitos nocivos para a saúde física e mental, dentre eles: agravamento dos sintomas de ansiedade; agravamento dos sintomas subjacentes, como transtornos de humor ou traumas não resolvidos; riscos à saúde com efeitos colaterais como problemas cardíacos, distúrbios gastrointestinais e distúrbios do sono; além de piora ao longo do tempo, gerando um impacto significativo na qualidade de vida do paciente.

“O transtorno de ansiedade não tratado pode evoluir para casos mais graves ao longo do tempo. A ansiedade crônica não tratada tende a piorar e pode resultar em uma série de complicações e impactos negativos na vida de uma pessoa, inclusive levar ao suicídio”, informa.

Os principais riscos associados à falta de tratamento adequado são:

  • Agravamento dos sintomas que tendem a se intensificar à medida que o transtorno progride;
  • Prejuízo na qualidade de vida dificultando na realização de atividades diárias, como trabalhar, estudar, relacionar-se com outras pessoas e cuidar de si mesmo;
  • Isolamento social à medida que as pessoas evitam situações sociais e se afastam de amigos e familiares;
  • Transtornos de saúde mental comórbidos que aumentam o risco de desenvolver outros transtornos de saúde mental, como depressão, transtorno de pânico e transtorno obsessivo-compulsivo;
  • Impacto físico contribuindo para problemas de saúde física, como hipertensão, problemas cardíacos, distúrbios gastrointestinais e distúrbios do sono;
  • Dependência de substâncias como o uso de álcool, drogas ou medicamentos não prescritos tomados de forma inadequada no intuito de auto tratar a ansiedade, o que pode levar à dependência dessas substâncias.


Terapia e mudanças no estilo de vida

Luana reforça que é possível controlar e tratar um quadro de ansiedade de forma efetiva.

“Embora a ansiedade não seja necessariamente ‘curável’ no sentido de que desaparece completamente, muitas pessoas podem aprender a gerenciar seus sintomas de forma a levar uma vida saudável e satisfatória”, aponta a psicóloga.

A terapia é parte essencial do tratamento da ansiedade, sendo a terapia cognitivo-comportamental (TCC) uma das mais utilizadas e com ganhos eficazes no ensino de habilidades de enfrentamento e na modificação de padrões de pensamento negativos. O tratamento através de medicamentos não exclui o processo terapêutico, porém complementa em alguns casos.

“O uso de medicamentos, como antidepressivos ou ansiolíticos, pode ser recomendado por um médico ou psiquiatra para ajudar a controlar os sintomas de ansiedade, podendo ser usados a curto prazo ou a longo prazo, dependendo da gravidade do transtorno”, informa.

Algumas mudanças no estilo de vida devem ser pensadas após o diagnóstico, como a adoção de um estilo de vida saudável, que inclui dieta equilibrada, exercícios regulares e sono adequado, além da prática de técnicas de relaxamento, como meditação e ioga.

“É importante ter um sistema de apoio forte, compartilhando seus sentimentos e preocupações com pessoas de confiança que possam aliviar o peso da ansiedade. A busca de ajuda profissional para desenvolver um plano de tratamento eficaz também garantirá uma vida saudável e funcional”, enfatiza a especialista.

Fonte: iG

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