Da Redação Avance News
A tecnologia no campo tem se superado a cada dia para trazer mais agilidade e precisão nas lavouras. Em Nova Olímpia (MT), uma frota de máquinas e caminhões se comunicam e tomam decisões para otimizar a colheita da safra de cana. As câmeras com inteligência artificial, monitoram milhares de hectares de plantação contra incêndios.
Sustentabilidade e tecnologia são os temas do episódio 40 do MT Sustentável desta semana.
O caminhão carregado de cana sai da lavoura para a usina. Durante o trajeto, numa pequena tela, o motorista recebe informações como alertas dos pontos mais perigosos da estrada, qual velocidade deve percorrer e, ao chegar no local, onde ele deve estacionar para descarregar.
Colhedoras, tratores e caminhões foram equipados com módulos e antenas de telemetria. Dessa maneira, toda a frota está conectada e em constante comunicação.
O gerente agrícola da Uisa – uma das maiores biorrefinarias do país, João Bosco, explica que antes existia uma dependência muito grande de mão de obra qualificada que executasse as tarefas que a tecnologia faz.
“Eu tinha que contar pra máquina o que eu estava fazendo, contar pro sistema se eu estava colhendo, se eu estava transbordando. E hoje com a implantação da tecnologia, da telemetria, tudo, a máquina consegue fazer isso com uma perfeição muito maior. E a gente consegue ter uma tomada de decisão muito mais rápida e assertiva”, diz João.
Com essa automatização, o sistema toma a decisão e avisa o operador qual caminho seguir. Um exemplo desses comandos, acontece quando a carreta de transbordo está cheia. A plataforma emite um alerta para o trator mais próximo fazer a substituição.
Acompanhamento em tempo real
Tudo o que acontece no campo é visto em tempo real na sala no Centro de Operações Agrícolas (COA). A frota inteira está nas telas e caso algum operador, por exemplo, exceda a velocidade da máquina na colheita um alerta é emitido na hora. Da mesma maneira para os tratores e caminhões. Entretanto, para que chegasse nesse nível de comunicação em tempo real, foi preciso investir em conectividade.
“Para o sistema funcionar perfeitamente, nós precisamos de internet. Hoje temos 11 torres que expandem o sinal para toda nossa área. O sinal 4G se tornou fundamental para que existisse essa conectividade, senão, a informação gerada no campo precisaria ir para uma nuvem, depois para o servidor e aí sim, poderíamos consumir o conteúdo”, relata Rodrigo Lobo, supervisor de planejamento e controle agrícola.
IA também compõe esse campo tecnológico
Nesse grande sistema de tecnologias existe também uma assistente virtual, ainda em fase de teste, que utiliza a inteligência artificial. Apenas com o smartphone, o produtor faz a pergunta e ela é capaz de responder de qualquer lugar.
A Tecnologia de Automação e Inovação (TAI), é a responsável por essa tecnologia, uma evolução da conhecida TI. Nela, os dados são transformados em informações, que ajudam a dar mais eficiência nos processos da empresa.
Todo esse sistema contribui com a redução de ativos. Rodrigo comenta que em 2021 conseguiram tirar da operação de transbordamento dez tratores e que atualmente, trabalham com uma frota mais reduzida. Dessa forma, a emissão de CO2 diminui assim como a redução da utilização de óleo diesel.
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