Da Redação Avance News
A doença não é contagiosa, mas para prevenir a infecção a população precisa ter boas práticas de higiene e manter o quintal limpo
A doença da leishmaniose não é transmissível de pessoa para pessoa, mas pode ser transmitida pela picada de uma fêmea de mosquito-palha infectada. Para evitar uma infecção, é importante que a população mantenha boas práticas de higiene e limpeza em seu quintal.
Desde janeiro, a Prefeitura de Barra do Garças tem realizado testes gratuitos de leishmaniose em animais que apresentam sintomas da doença, por meio da Vigilância Municipal de Zoonoses. Em apenas três meses, foram realizados 234 testes, dos quais 58 apresentaram resultados positivos para a doença, e em 19 casos, foi necessário optar pela eutanásia.
Tiara Shimano, diretora de Vigilância Ambiental, enfatiza que, além do teste rápido, a equipe também coleta uma amostra de sangue do animal e envia para o Laboratório Central em Cuiabá para que seja feito um novo exame. “Assim como a doença, a eutanásia é muito sincera, por isso, ela só é realizada em casos em que o animal está muito doente. Prezamos muito pela recuperação do cachorro, mas em alguns casos, é necessário outros meios para que o animal não fique sofrendo”, explicou a coordenadora.
Ela também enfatiza que a leishmaniose não é transmitida de animais para humanos e que os animais precisam ser bem cuidados. “O cachorro não transmite a doença para ninguém. Alguns abandonam seus cães com medo de se contaminar, mas isso não acontece”, destacou Tiara.
A contaminação humana da leishmaniose ocorre pela picada de um mosquito-palha infectado. O inseto pica um cachorro doente e depois um ser humano, transmitindo a doença. Para evitar a transmissão da doença, a população deve ter cuidados com seus animais de prevenção e manter boas práticas de higiene no ambiente em que vivem.
“O mosquito-palha se alimenta de matéria orgânica, frutas podres, folhas de árvores, vegetais em decomposição e fezes de animais. Portanto, é importante manter o quintal limpo para que não tenham o que comer. Sem alimento, eles não sobreviveram”, disse a coordenadora.
Os donos de animais que apresentam sintomas de leishmaniose, como feridas, unhas compridas, falta de apetite, perda de peso, febre, indisposição, palidez, entre outros, podem entrar em contato com a Vigilância de Zoonoses e solicitar o teste rápido.
Confira abaixo os bairros que já tiveram casos de leishmaniose confirmados e eutanásias realizadas este ano:
Jardim Amazonas I: 7 casos positivos e 8 eutanásias
Santo Antônio: 7 casos positivos e 2 eutanásias
Jardim Nova Barra Sul: 5 casos positivos
Novo Horizonte: 5 casos positivos e 1 eutanásia
São José: 5 casos positivos e 2 eutanásias
Jardim Pitaluga: 4 casos positivos
Alto da Boa Vista: 3 casos positivos e 1 eutanásia
Jardim Nova Barra Norte: 2 casos positivos
Vila União: 2 casos positivos
Jardim Domingos Mariano: 2 casos positivos e 1 eutanásia
São Conrado: 2 casos positivos
Centro: 1 caso positivo
Jardim Araguaia: 1 caso positivo
Dermat: 1 caso positivo
Jardim dos Ypês: 1 caso positivo
Jardim Nova Esperança: 1 caso positivo e 1 eutanásia
Wilmar Peres: 1 caso positivo
Ouro Fino: 1 caso positivo
Recanto das Acácias: 1 caso positivo e 1 eutanásia
Serrinha: 1 caso positivo
Campinas: 1 caso positivo e 1 eutanásia
São Sebastião: 1 caso positivo
São Marques: 1 caso positivo
São João: 1 caso positivo
Vila Maria: 1 caso positivo e 1 eutanásia
Fonte: Secom BG