Servidores do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) aderiram, nesta sexta-feira (05), à paralisação encabeçada por membros do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), anunciada no último dia 1º.
A parada nas atividades é uma estratégia para pressionar o governo por reajuste salarial e a reestruturação na carreira de especialista em meio ambiente. Funcionários ouvidos pela CNN relatam a falta de atualização da carreira há pelo menos uma década.
Em carta divulgada pelos servidores do ICMBio, a suspensão das atividades de campo é uma resposta “à falta de ação e suporte efetivo aos servidores e às missões críticas que desempenhamos”.
A nota evidencia que se trata de “uma decisão difícil”, mas que é “necessária no momento difícil em que nos encontramos, e representa um importante passo estratégico na proteção da fauna, da flora e da sociobiodiversidade dos nossos biomas e também do nome da instituição”.
Os servidores ainda mencionam que a instituição sofreu “assédio e perseguição” ao longo do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e que “ainda não foi devidamente acolhida e valorizada pelo governo atual”.
Serão mantidas, no período de paralisação, apenas as atividades burocráticas essenciais. Ficam suspensas, segundo a nota, todas as ações externas de campo, como a fiscalização ambiental na Amazônia, vistorias de processos de licenciamento ambiental e prevenção e combate à incêndios florestais.
A reportagem entrou em contato com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, chefiado por Esther Dweck. Até o momento, ainda não houve retorno.
Ibama
Em uma carta divulgada no primeiro dia do ano, para anunciar a paralisação, funcionários do Ibama relataram não terem obtido respostas do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos sobre a reestruturação das carreiras do órgão ligado à pasta do Meio Ambiente.
Confira a taxa de adesão à paralisação por estado dos servidores do Ibama:
- AP 100%
- GO 100%
- PR 97%
- RJ 95%
- TO 95%
- MG 94%
- SC 93%
- MA 92%
- PI 90%
- AC 88%
- PE 88%
- PB 87%
- ES 86%
- SP 85%
- RN 83%
- CE 80%
- MT 80%
- SEDE 80%
- AL 77%
- PA 74%
- BA 68%
- AM 70,37%
- MS 64%
- RR 63%
- RS 59%
- SE 30%
- RO 18%
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