segunda-feira, 25 novembro 2024
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Prefeito monta equipe de fiscalização após início das obras do BRT em Cuiabá

As obras para implantação do Ônibus de Transporte Rápido (BRT), em Cuiabá, começaram nesta semana, na Avenida do CPA. Segundo o Governo do Estado, os trabalhos são realizados no sistema de drenagem no canteiro central e, em seguida, deve ser feita a construção da pista de concreto, incluindo a remoção da capa asfáltica e execução da terraplanagem.

O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, informou que determinou a fiscalização por parte do município para exigir toda a documentação necessária que, segundo ele, não existe. Caso o estado não apresente, a obra deve ser embargada.

“Cuiabá tem normas, regras, leis. Eles não vão passar por cima de Cuiabá. Então, já determinei ao secretário de ordem pública, que ele, pessoalmente, assuma o comando da fiscalização a partir de agora e vá até a obra, juntamente com a fiscalização, exigir toda a documentação necessária, as licenças necessárias, que nós sabemos que eles não têm. Não tendo licença, segundo manda a lei, a obra tem que ser embargada”, disse.

A Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT), informou que não vai se manifestar no momento.

“VLT cuiabano”

A prefeitura de Cuiabá enviou um novo projeto para instaurar um sistema de transporte nos trilhos, voltado somente para a capital. Em 2014, um projeto de Veículos Leves sob Trilhos (VLT) que ligaria Cuiabá e Várzea Grande era uma das obras para Copa do Mundo no Brasil, mas após denúncias de corrupção, o projeto passou para um BRT entre as cidades, conforme definido pelo governo do estado.

O município, por sua vez, enviou um novo projeto ao Governo Federal para receber recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC). A proposta prevê duas linhas principais, com 23km de trilhos, uma liga a região do Porto até o Bairro CPA, já a outra prevê ligar a região do centro ao distrito industrial.

O planejamento formulado pela prefeitura prevê que o sistema VLT tenha três terminais de integração, uma estação de conexão e trinta e duas estações de transbordo. Diferente do projeto anterior, o projeto está previsto para Cuiabá, sem rotas para Várzea Grande.

A novidade do projeto é que, com a exclusão do modal em Várzea Grande, há o acréscimo do trecho do Coxipó até o Distrito Industrial.

Trajeto BRT

De acordo com a Secretaria de Infraestrutura e Logística de Mato Grosso (Sinfra), serão implantados dois corredores do BRT. No primeiro, o ônibus sairá do Terminal André Maggi em Várzea Grande, percorrendo as Avenidas Filinto Muller, João Ponce de Arruda, Avenida da FEB, Tenente-Coronel Duarte e Historiador Rubens de Mendonça, até o Terminal do Coxipó.

Já no segundo corredor, o BRT sairá do Terminal do Coxipó e percorrerá as Avenidas Fernando Corrêa e Coronel Escolástico, até o Centro de Cuiabá.

O corredor entre Várzea Grande e o CPA contará com três linhas:

Uma linha que para em todas as estações do trajeto, seja na ida ou na volta

Uma linha expressa, que sai do Terminal André Maggi e para somente no Porto de Cuiabá

Outra linha expressa que sai do Terminal do CPA até o Centro de Cuiabá, parando apenas no Shopping Pantanal

Já o corredor entre Coxipó e Centro de Cuiabá terá duas linhas:

Uma linha que para em todas as estações do caminho.

Uma linha expressa, que para apenas na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)

Ao chegarem no Centro da capital, as linhas expressas dos dois corredores sobem a Avenida Getúlio Vargas, fazem o contorno na praça do Chopão e descem a Avenida Isaac Póvoas, antes de retornarem para sua origem.

De acordo com o projeto, a Avenida da Feb continuará com duas pistas em cada sentido após o fim dos trabalhos.

As obras de implantação do BRT começaram no dia 21 de abril. Conforme o cronograma da Sinfra, a previsão é que o projeto em Várzea Grande seja finalizado no fim do primeiro semestre de 2024. Ainda não se sabe sobre as datas do início das obras em Cuiabá e quando o modal começará a funcionar.

VLT x BRT

O VLT foi projetado para a Copa do Mundo de 2014 no Brasil e foi marcado pela corrupção e entraves judiciais. A obra paralisada possui 22 quilômetros de extensão entre Cuiabá e Várzea Grande.

Em dezembro de 2014, as obras foram interrompidas. Em 2018, o governo do estado rompeu o contrato com o consórcio VLT e, depois, decidiu substituir o modal pelo BRT. Já em dezembro do ano passado, o governo começou a retirar as estruturas que serviriam de suporte para o VLT em Várzea Grande.

As obras do projeto, que deveria ter ficado pronto oito anos atrás, já custou mais de R$ 1 bilhão.

Fonte: Jornal de MT

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