terça-feira, fevereiro 25, 2025
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Defesa apresentará plano definitivo de apoio aos Yanomami

Da Redação Avance News

O ministro da Resguardo, José Múcio Monteiro, prometeu nesta segunda-feira (22) que apresentará até o término da semana um projeto para atuação definitiva das Forças Armadas na região da Terreno Indígena Yanomami (TIY), no Setentrião do Brasil, depois pedido do ministro da Lar Civil da Presidência da República, Rui Costa, coordenador dessa operação interministerial na região.

“Ele [ministro Rui Costa] me pediu, e eu vou apresentar, até o final desta semana, uma proposta para que esse trabalho lá, no Setentrião, seja definitivo. Nós vamos ter que deixar uma aeroplano definitiva, é uma coisa que nós vamos apresentar. Mas, quando põe em qualquer lugar, falta em outro lugar”, observou o ministro da Resguardo.

Em entrevista exclusiva à Dependência Brasil, o diretor de Amazônia e Meio Envolvente da Polícia Federalista (PF), Humberto Freire de Barros, confirmou que aviões ilegais entram diariamente no Território Yanomami.

Denúncias feitas por líderes indígenas locais apontaram falta de controle do espaço distraído próximo à TIY e, em consequência, a perpetuidade das atividades ilegais de mina no território.

Crise humanitária

Em entrevista coletiva nesta segunda-feira, o ministro José Múcio afirmou confiar que a crise na TI Yanomami havia feito depois a assistência conjunta de diversos ministérios, no início de 2023. “Depois, o problema parou. Não era uma coisa definitiva, uma operação continuada. Logo, nós voltamos [do território indígena]. Agora, o problema voltou.” 

Segundo o ministro, por pretexto da persistência da crise humanitária, o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu uma proposta definitiva, há muro de duas semanas, depois longa reunião com representantes de outras pastas envolvidas com a temática.

“O presidente da República, desta vez, nos reuniu e recomendou que nós apresentássemos uma proposta para que a solução fosse definitiva, ou seja, que nós deixássemos um transitório lá, com crise ou sem crise, mas sempre à disposição desse problema.”

Nesta manhã, o ministro disse que chegou cedo à Esplanada dos Ministérios para conversar com os comandantes do Tropa, da Marinha e da Aviação para elaboração e apresentação ao governo federalista de uma solução definitiva das Forças Armadas. “Desta vez, é uma proposta, não para uma solução de emergência. Vamos atender a uma emergência, mas dando características de uma solução definitiva.”

Disponibilidade

José Múcio negou a indisponibilidade de aeronaves para levar ministros à Terreno Yanomami, na última semana, e reforçou que o diálogo interministerial já existe. “Evidentemente, que nós [Ministério da Defesa] não temos aviões, nem helicóptero no estoque, na prateleira […]. Nós temos o mesmo número de aeronaves há alguns anos e temos mais ministros, temos outras ações. E essa questão dos yanomami precisa de atenção peculiar.”

O superintendente da Resguardo esclareceu que conversou com outros três ministros durante a noite em que estavam na TI Yanomami: Marina Silva, do Meio Envolvente e Mudança Climática, Sílvio Almeida, dos Direitos Humanos e Cidadania, e Sônia Guajajara, para prontamente atendê-los. “Nossa disposição é estar permanentemente ajudando, porque o nosso papel é levante. Não é por querer. É porque é a nossa obrigação.” Ele se disse pronto para o diálogo. “Eu sou um {homem} de diálogo. Eu estou pronto. Se estiver inverídico, emendar, ver onde está o erro. E se tiver um lugar de que a gente possa penetrar mão e levar para lá, estamos à disposição.”

Ajuda operacional e logístico

Desde janeiro de 2023, o Ministério da Resguardo integra a força-tarefa do governo federalista para a proteção dos indígenas, além de atuar no combate a crimes entre as fronteiras e ao mina proibido na região.

No entender de José Múcio, o Ministério da Resguardo é responsável pela infraestrutura de toda a operação de assistência humanitária aos yanomami, devido à premência de grandes deslocamentos feitos por aviões da FAB. Ele citou a logística de distribuição de cestas de alimentos aos indígenas e ressaltou que, apesar da absoluta disposição dos militares em ajudar, é preciso compatibilizá-la com a disponibilidade das Forças Armadas. “Às vezes, existe disposição, mas não há disponibilidade. Estamos precisando compatibilizar a disposição com a disponibilidade.”

Balanço

De congraçamento com Ministério da Resguardo, nos últimos 12 meses, as Forças Armadas entregaram 36,6 milénio cestas de víveres aos yanomami. E o totalidade de cestas entregues pelo governo federalista soma 58,4 milénio, sendo 47,1 milénio em Roraima e 11,5 milénio, no Amazonas.

As Forças Armadas transportarão mais 15 milénio cestas de víveres para o território indígena até 31 de março. A novidade ação faz segmento da Operação Catrimani, determinada na última quinta-feira (18) na Portaria n° 263/2024.

Fonte: Agência Brasil

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