terça-feira, fevereiro 25, 2025
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InícioSaúdeVacinação contra dengue vai priorizar público de 6 a 16 anos; entenda

Vacinação contra dengue vai priorizar público de 6 a 16 anos; entenda

Reprodução/Rogério Vidmantas/Prefeitura de Dourados

A Qdenga é uma vacina tetravalente

Na segunda-feira passada (15), o Ministério da Saúde anunciou que irá priorizar a população entre 6 e 16 anos na vacinação contra a dengue. O imunizante Qdenga, produzido pelo laboratório nipónico Takeda, foi incorporado no Sistema Único de Saúde em dezembro.

Apesar do público não estar incluído no grupo de principais vítimas fatais da doença, a estratégia de imunização segue as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), uma vez que não há vacinas suficientes para imunizar toda a população e tampouco a aprovação da Anvisa (Sucursal Pátrio de Vigilância Sanitária) para emprego em idosos a partir dos 60 anos, que compõem o principal grupo de risco da doença.

Segundo o diretor do Programa Pátrio de Imunizações (PNI), Eder Gatti, a fita etária é recomendada pela Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização, composta por especialistas na dimensão.

“De 6 a 16 anos é uma fita etária que vamos priorizar. Dentro dessa fita etária, vamos sentenciar qual grupo será prioritário. Tem a discussão de dentro desse grupo quem hospitaliza mais. Não avançaremos fora desse grupo”, explica Gatti.

A definição sobre qual público-alvo, muito porquê as localidades prioritárias, será feita em conjunto com estados e municípios, em reunião marcada para a próxima quinta-feira (25).

Dados da Secretaria de Vigilância em Saúde e Envolvente apontam que, entre janeiro e setembro de 2023, 6,4% das vítimas da dengue tinham entre 60 e 69 anos. Dos 5 aos 9 e dos 10 aos 14, essa taxa foi de 0,9%. Até o momento, a Anvisa ainda não liberou o uso do Qdenga para a imunização de idosos e crianças mais novas, de até 4 anos.

E mesmo com a liberação da Anvisa, o número de vacinas não seria o suficiente:  Segundo o Ministério da Saúde, serão oferecidas 6,2 milhões de doses ao longo de 2024 pelo SUS. Porquê se trata de um esquema vacinal de duas doses, com pausa de três meses entre as aplicações, muro 3,1 milhões de pessoas devem ser imunizadas. Para se ter uma teoria, unicamente na cidade de São Paulo há 1,5 milhão de pessoas entre 6 e 16 anos de concórdia com o Recenseamento 2022.

Além do estoque restringido, a orientação da OMS está relacionada também às taxas de hospitalização pela doença no país, conforme explicou o presidente do Departamento de Imunizações da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria) e membro da CTAI, Renato Kfouri, ao jornal Folha de S. Paulo.

“Dependendo da região, as taxas de hospitalização são até maiores em crianças de 5 a 9, por exemplo, ou de 10 a 11 do que em adultos e idosos. A escolha pelas crianças e adolescentes é baseada nessa epidemiologia de hospitalizações, que cá no Brasil se concentra muito na fita pediátrica, e também nos estudos da vacina”, disse Kfouri.

Sobre a vacina:
 Segundo a  a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBim), a Qdenga é uma vacina tetravalente – ou seja, que protege contra os quatro sorotipos do vírus da dengue – DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. Produzida com vírus vivo minorado, ela interage com o sistema imunológico no intuito de gerar resposta semelhante àquela produzida pela infecção proveniente.

Esquema vacinal:
O imunizante será dirigido em esquema de duas doses, com pausa de três meses entre elas.

Quem pode se vacinar:
Conforme especificado pela bula, a Qdenga é indicada para pessoas de 4 a 60 anos. No Brasil, o esquema vacinal terá início com a população entre 6 e 16 anos. Não foram feitos estudos para estimar a eficiência da vacina em pessoas com mais de 60 anos.

Infecções prévias: 
Quem já teve dengue pode e deve tomar a vacina – tanto pela melhor resposta imune à vacina quanto para prevenir a reinfecção e o desenvovimento do quadro grave da doença.

Quem teve dengue recentemente pode se vacinar?
Não. O recomendado é esperar seis meses para se vacinar. Caso o diagnóstico da doença surja no pausa entre as doses, deve-se manter o esquema vacinal, desde que o prazo não seja subordinado a 30 dias em relação ao início dos sintomas.

Existem contraindicações?
A Qdenga é contraindicada para:

– gestantes e mulheres que estão amamentando;

– pessoas com imunodeficiências primárias ou adquiridas;

– indivíduos que tiveram reação de hipersensibilidade à ração anterior;

– mulheres que pretendem engravidar devem ser orientadas a usar métodos contraceptivos por um período de 30 dias depois a vacinação.

Eficiência: 
Ainda de concórdia com a SBim, a vacina demonstrou eficiência contra o DENV-1 em 69,8% dos casos; contra o DENV-2 em 95,1%; e contra o DENV-3 em 48,9%. A eficiência o DENV-4 não foi catalogada devido ao número insuficiente de casos de dengue causados por esse sorotipo durante a avaliação.

A vacina protege contra outras doenças?
 Não. Segundo a SBim destaca, a Qdenga é exclusiva para a proteção contra a dengue e não protege contra outros tipos de arboviroses, porquê zika, chikungunya e febre amarela.

Fonte: iG

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