Da Redação Avance News
A Lua exerce um papel tão importante para as civilizações humanas que durante milhares de anos seu ciclo foi usado como calendário para contar os meses e sua órbita tão regular foi o que permitiu que a função fosse atribuída a ela. No entanto, ela está se afastando de nós, mas será que algum dia de fato a perderemos?
Para determinar a taxa com a qual o satélite está se afastando, os pesquisadores usaram painéis refletivos instalados por lá durante as missões Apollo da NASA. Durante mais de 50 anos, foram disparados feixes de luz a partir da Terra e medindo quanto tempo ele levava para chegar até lá. Conhecida a velocidade da luz e o tempo que ela levava para chegar até os painéis, foi estimado que a Lua se afasta 3,8 centímetros ao ano.
Esse distanciamento entre as duas acontece por causa da força gravitacional que cada um dos objetos exerce sobre o outro, enquanto a Lua atrai os oceanos para mais perto dela, causando as marés lunares, a Terra de maneira semelhante arredonda o satélite e faz com que ele esteja sempre com a mesma face virada para nós.
Essa interação também faz com a velocidade de rotação da Terra diminua, de acordo com Madelyn Broome, astrofísica da Universidade da Califórnia, em Santa Cruz em resposta a Live Science, quando a lua se formou há aproximadamente 4,5 bilhões de anos atrás, o nosso planeta girava muito mais rápido e os dias duravam apenas 5 horas.
Leia mais:
Momento angular
A Terra e a Lua fazem parte de um mesmo sistema de interação gravitacional, ou seja o momento angular, ou a quantidade de energia contida nos objetos girando, deve ser a mesma. Para manter esse equilíbrio é necessário ser levado em consideração dois pontos.
- Quanto mais rápido o objeto gira, maior o momento angular e quanto mais devagar, menor
- Mais longe do centro do sistema o momento angular aumenta e mais perto ele diminui.
Dessa forma, como a rotação da Terra está diminuindo, a distância da Lua precisa aumentar para que o momento angular seja conservado.
Em cerca de 50 bilhões de anos, a diminuição da velocidade de rotação da Terra faria com que ela “travasse” e mantivesse sempre o mesmo lado virado para Lua, e nesse momento as duas pararem de se afastar. Então de certa forma, não perderemos a Lua, apenas um lado do planeta a veria e bem mais longe do que atualmente.
No entanto um fator não está sendo considerado em toda essa equação, e ele põe em risco não a existência da Lua, mas sim de todo sistema gravitacional que ela compõe, nesse caso a própria Terra.
Daqui a 5 bilhões de anos, o Sol vai começar a morrer, e com isso vai se expandir a ponto de se tornar uma gigante vermelha, que vai consumir tudo que está pelo seu caminho, inclusive a Terra e Lua.
Já assistiu aos novos vídeos no YouTube do Olhar Digital? Inscreva-se no canal!