Na primeira operação de ordenamento para cumprimento do decreto da prefeitura do Rio de Janeiro que proibiu o funcionamento da Feira de Acari, na zona setentrião da capital fluminense, agentes fazem prisões e apreensões de materiais de vendas irregulares obtidos em roubos de cargas na cidade. Na ação deste domingo (28), a Secretaria Municipal de Ordem Pública do Rio de Janeiro (Seop) teve o auxílio das polícias Militar e Civil e da Guarda Municipal.
Para ordenar o fechamento da Feira de Acari, no decreto publicado na terça-feira (23), o prefeito do Rio, Eduardo Paes, se baseou no relatório de lucidez produzido pela Seop que comprova diversas irregularidades do lugar de comercialização, incluindo material com origem em roubos de cargas, contrabando e sem proveniência comprovada, além da ocupação irregular de espaço pública.
“No documento, constatou-se a venda ilícito de eletrodomésticos, aparelhos eletrônicos, remédios, além de animais silvestres, mantimentos sem o devido acondicionamento, muito porquê roupas de lojas de departamento com pela metade do preço que constava nas etiquetas”, informou a Seop.
Na ação deste domingo, 160 agentes da Secretaria de Ordem Pública e da Guarda Municipal impediram a realização da feira e proibiram outras irregularidades da região, porquê estacionamento irregular. Para prometer a segurança dos agentes municipais, a Polícia Militar atuou com policiais do 9º BPM (Rocha Miranda), 41º BPM (Irajá), Batalhão de Policiamento em Vias Expressas (BPVE) e do Batalhão de Polícia de Choque (BPChq). A presença dos policiais foi necessária porque a região sofre influência do transgressão organizado armado.
O secretário de Ordem Pública, Brenno Carnevale, disse que a operação é uma ocupação preventiva do lugar onde costuma funcionar a feira, que é proibida e ilícito. Segundo ele, por meio de mapeamento do seu núcleo de lucidez, a Seop identificou as vendas irregulares de produtos oriundos de roubo de cargas, indumentária que foi informado à polícia.
“Nós ocupamos cá desde cedo, na madrugada, e vamos continuar durante o dia todo justamente para que a feira não aconteça, fazendo assim executar o decreto do prefeito Eduardo Paes que proibiu a feira”, destacou o secretário em nota da Seop.
A secretaria informou também que, na operação, os agentes da Seop demoliram duas estruturas fixas com cobertura que ocupavam a lajedo irregularmente, além de mais sete estruturas precárias que serviam porquê moradia embaixo do viaduto do lugar. “Duas notificações foram feitas em um trailer, com banheiro, e um repositório de gelo, todos localizados no passeio público, obstruindo a via. Também foram cortadas seis ligações clandestinas de luz e uma de chuva”, acrescentou a Seop.
Ainda na ação, os agentes da secretaria desativaram quatro câmeras de vigilância do transgressão organizado e desfizeram 14 tomadas e duas centrais de comando. Murado de 200 metros de fios e cabos usados para pilhagem de pujança elétrica foram retirados. Cinco veículos, entre eles duas motos, foram removidos por circularem na passarela do metrô Acari Herdade Botafogo, também na localidade.
“Um condutor, que estava alcoolizado e desacatou os agentes, foi para a 39ª Delegacia Policial. Outrossim, um {homem} foi recluso, por policiais, por estar com moto roubada e um outro cidadão foi estagnado por evadir do sistema com mandado de prisão por tráfico e roubo”, informou a Seop, acrescentando que agentes da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) retiraram 3 toneladas de resíduos da região.
No entendimento do secretário de Estado da Polícia Militar, coronel Luiz Henrique Pires, é importante ressaltar a integração de órgãos públicos para impedir a perpetuidade de crimes no lugar. “Nessa ação podemos evidenciar três importantes fatores do processo de melhoria da segurança pública em nosso estado: integração dos órgãos públicos, ordenamento e repressão ao roubo de fardo”, observou.
O secretário de Estado de Polícia Judiciária Civil, representante Marcus Amim, também destacou a relevância da integração. “É importante ratificar a integração entre as instituições, a parceria do governo do estado com a prefeitura com o objetivo de controlar, prevenir e inspeccionar qualquer tipo de ilegalidade”, disse.
A Polícia Judiciária Civil empregou muro de 50 agentes de delegacias distritais e especializadas, além de peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli. “A Polícia Judiciária Civil possui investigações em curso para apurar a origem das mercadorias, muito porquê a relação do negócio lugar com organizações criminosas, para identificar e responsabilizar os envolvidos”, completou Amim.
Pela primeira vez, os agentes da Guarda Municipal do Rio utilizaram, em uma operação, os coletes à prova de projéctil que foram entregues esta semana à corporação.
Integrantes das concessionárias Águas do Rio e Light, das secretarias de Proteção e Resguardo dos Animais e de Assistência Social e da Companhia Municipal de Virilidade e Iluminação (Rioluz) também atuaram na operação.