segunda-feira, 24 fevereiro 2025
spot_imgspot_img
HomeAgronegóciosMinistros fazem reunião de emergência para discutir crise na agricultura

Ministros fazem reunião de emergência para discutir crise na agricultura

Da Redação Avance News

Uma reunião importante para o agronegócio acontece nesta terça-feira (30.01) na sede do Ministério da Herdade em Brasília, reunindo o ministro da Herdade, Fernando Haddad, e o ministro da Cultura, Carlos Fávaro. O encontro tem porquê objetivo discutir medidas emergenciais para o setor agrícola, com foco na renegociação dos financiamentos do Projecto Safra 2023/24.

Fávaro adiantou que do encontro sai um relatório que será guiado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com o cenário atual do setor agrícola e indicação de alternativas para enfrentar os desafios atuais, porquê quebras de safra e preços baixos. Fávaro mencionou a experiência prévia do governo em mourejar com crises similares, referindo-se à crise de 2008, quando foram tomadas medidas para a renegociação de dívidas e licença de crédito aos produtores.

O ministro da Cultura enfatizou a valimento de agir antes que a crise se agrave. “Essa reunião sinaliza um esforço do governo em responder de maneira proativa às dificuldades enfrentadas pelo setor agrícola, buscando soluções que possam pacificar os desafios econômicos atuais”, concluiu.

PREÇOS E QUEBRAS – Além da quebra de safra, que deve ser significativa (o que levou a CNA a pedir socorro ao governo. Leia cá)  os preços sa soja estão em queda, agravando a situação. Nesta terça-feira, em Mato Grosso, o principal estado produtor, a saca do grão já é negociada a valores inferiores a R$ 100 no mercado disponível.

Na sexta-feira (26.01), a média estadual registrada pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) foi de R$ 97,03 a saca de 60 quilos, baixa de 2,4% no comparativo quotidiano, refletindo a situação da maior segmento das praças do Estado. Em Lucas do Rio Virente, por exemplo, R$ 98,20; Em Sinop, R$ 96,90; Em Campos de Julio, R$ 94,80; E em Canarana, R$ 93,90.

Algumas localidades ainda mantiveram negócios supra dos R$ 100 na sexta-feira. Caso de Primavera do Leste, onde a saca do grão foi negociada a R$ 101,60. Em Rondonópolis, a cotação foi de R$ 103,50, segundo o Imea.

Janeiro tem sido de potente baixa para o grão no mercado internacional, com revérbero doméstico. Em Chicago, os principais contratos negociados estão próximos dos US$ 12 o bushel. A consultoria Agrifatto ressalta, em boletim, que a “âncora” dos preços têm sido a demanda menor por segmento da China e a expectativa de maior oferta do grão.

Na América do Sul, a avaliação é a de que a recuperação da oferta da Argentina tende a ressarcir os efeitos da quebra de safra no Brasil. Na semana passada, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires revisou sua previsão para a colheita do país para 52,5 milhões de toneladas.

A avaliação dos especialistas é de que os preços de grãos, que devem voltar aos níveis pré-pandemia de Covid-19 até o término do ano, além do que, os produtores brasileiros terão que mourejar com um envolvente de maior concorrência no mercado global, principalmente com o retorno da Argentina ao mercado.

Enquanto o mercado ajusta suas posições, o preço da soja no Brasil indica não encontrar espaço para reagir. O indicador do Núcleo de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), com base em Paranaguá (PR) acumula queda de 16,6% em janeiro. Na sexta-feira, fechou a R$ 118,84 a saca de 60 quilos.





Fonte: Pensar Agro

VEJA TAMBÉM

COMENTE

Por favor, digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

spot_img
spot_img

POPULAR

COMENTÁRIOS