Evento reuniu forças de segurança, sociedade Civil organizada e representantes dos três poderes de Mato Grosso
A senadora da República, Margareth Buzetti, criticou o limite de pena imposta aos autores de crimes hediondos e equiparados. Durante a lhaneza do 1º Congresso Municipal de Segurança Pública, nesta quinta-feira (1º), em Sorriso, ela defendeu o aumento da pena mínima para o delito de feminicídio de doze para vinte anos. E a máxima, de trinta para quarenta anos, além da geração de um cadastro vernáculo que permita a divulgação dos nomes de pedófilos e predadores sexuais condenados em primeira instância.
“Alguém cá conhece um ex-pedófilo? Já passou da hora de pararmos com essa hipocrisia, e tratarmos criminosos com o rigor que eles merecem. Independente do que façamos, zero irá trazer a vida dessa família de volta, mas enquanto representantes da sociedade é nossa obrigação produzir mecanismos legais para que barbáries dessa natureza nunca se repitam”, desabafou a senadora ao relembrar o delito que vitimou Cleci Calvi Cardoso, 46 anos, Miliane Calvi Cardoso, 19, e duas menores de 10 e 12 anos.
Mãe e filhas foram mortas em novembro de 2023, depois de serem surpreendidas na residência da família, no bairro Florais da Mata, em Sorriso. O responsável do delito, um pedreiro que trabalhava em uma obra ao lado da moradia das vítimas, foi recluso horas depois. Ele já havia sido estagnado anteriormente pelos crimes de homicídio e estupro.
“O processo precisa manter o sigilo de justiça quanto às vítimas. Por outro lado, é preciso expor a identidade do criminoso para que todos saibam de quem se trata”, disse.
O deputado federalista, Coronel Assis, ponderou que a discussão em torno da segurança pública precisa ser assimétrica, envolvendo todos os poderes constituídos “a debutar pela Executivo, passando pelo Legislativo e, por termo, sendo concluído pelo Judiciário”.
“Uns dizem que a criminalidade está avançando porque as nossas leis são brandas. Outros afirmam que o Estado brasílico não promove de modo eficiente políticas públicas de combate ao delito organizado (…). É preciso parar com esse ‘jogo de empurra-empurra’. Sorriso mais uma vez está de parabéns por ampliar o campo de debate sobre o tema”, assinala.
Coordenador-geral do evento, o presidente da Câmara Temática de Segurança Pública e coronel da suplente remunerada da Polícia Militar, coronel Flávio Ramalho dos Santos, pontuou as ações desenvolvidas pelo Município em parceria com as forças de segurança, entidades representativas e as demais instituições públicas a termo de frear os índices de criminalidade em Sorriso.
“Diante da relevância do tópico, a Câmara Temática se apressou em apresentar o Projecto de Ação Integrada de Segurança Pública o qual enumera 37 ações de combate à criminalidade, de quem boa segmento dele já está sendo executado. Cito uma vez que exemplos a instalação de câmeras de monitoramento em pontos considerados críticos; a “Operação Checagem” que consiste na fiscalização de canteiros de obras a termo de verificar a existência de mandados de prisão em crédulo em desfavor de trabalhadores contratados pela construção Civil, assim uma vez que a instalação da Mediano de Checagem de Mandados de Prisão, instrumento de consulta mantida no Núcleo de Comando Operacional da Guarda Civil Municipal (GCM)”, explica.
Para o prefeito Ari Lafin, a ampla adesão popular evidencia o interesse da sociedade Civil organizada em contribuir na construção de políticas públicas sobre o tema.
“Somos uma cidade de gente vocacionada ao trabalho. Um povo que não tem sábado, domingo ou feriado, porque precisa lançar a semente ao solo, condimentar e cuidar para que dela germine bons frutos. Porquê se não bastasse, esse mesmo trabalhador precisa torcer pela reação da bolsa de valores, e rezar para ter uma boa colheita”, disse se referindo aos produtores rurais.
O gestor também enalteceu o interesse dos integrantes das forças de segurança locais; do Governo do Estado; do Poder Judiciário e; do Ministério Público ao detalhar a emprego de recursos oriundos de termos de ajuste de conduta.
“Nunca recebi um não do governador Mauro Mendes. Eu seria muito leviano se fizesse qualquer asserção em contrário. Agora não pensem vocês que vou até Cuiabá somente para pedir. Não! Eu também vou lá para prestar contas do que estamos fazendo, de uma vez que estamos investindo os recursos e quais são nossas projeções futuras. Isso é jerarquia governamental. Aliás, isso não é um obséquio, é uma obrigação que deveria ser seguida por todos os prefeitos”, disse Ari ao complementar que “atualmente o Município mantém uma rede de proteção que atende mais de 25 milénio crianças e adolescentes nas áreas de ensino, cultura, esporte e assistência social”.
“Essa metodologia de trabalho [rede de proteção] foi adotado no início do nosso primeiro procuração. Hoje, olhando para os números podemos constatar que os esforços valeram a pena. Hoje, mais do que nunca o Município está presente, cuidando e protegendo essa instituição sagrada que é a família”, conclui Ari Lafin.
Também participaram da solenidade de lhaneza do 1º Congresso Municipal de Segurança Pública, o vice-prefeito de Sorriso, Gerson Bicego, acompanhando pelo secretariado; os deputados estaduais, Carlos Avallone e Diego Guimarães; o presidente da Câmara de Vereadores, Iago Mella; o presidente da 17ª Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Mato Grosso, Fernando Mascarello; a promotora de Justiça, Maisa Fidelis Gonçalves Pyrâmides; a diretora do Renda de Sorriso, Giselda Andrade; o padroeiro público, Paulo Isidoro Gonçalves; o presidente da Associação Mercantil e Empresarial de Sorriso, Sávio Junior Zaniolo; o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas, Jeferson Silveira; o subchefe de Estado-Maior Universal da Polícia Militar, coronel Wilker Soares Sodré; o comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar, coronel Alessandro Borges Ferreira; a delegada-geral da Polícia Judiciária Civil, Daniela Silveira Maidel; o representante da Polícia Federalista, Gustavo Coutinho Vasquez; o secretário de Resguardo Social de Várzea Grande, coronel PM Alessandro Ferreira da Silva; a secretária de Estado de Assistência Social e Cidadania, Grasielle Paes Silva Bugalho; entre outras autoridades.
