domingo, 20 outubro 2024
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Pesquisadores descobrem tipo raro de bagre dourado no Parque da Tijuca

Três pesquisadores do Laboratório de Sistemática e Evolução de Peixes Teleósteos, do Instituto de Biologia da Universidade Federalista do Rio de Janeiro (UFRJ), encontraram, pela primeira vez, nos rios e cachoeiras do Parque Pátrio da Tijuca, na capital fluminense, três exemplares de peixe bagre dourado. A invenção foi publicada no ano pretérito na revista neozelandesa Zootaxa, referência mundial em zoologia, pelos pesquisadores Paulo Vilardo, Axel Katz e Wilson Costa.

Segundo Axel Katz, há vários anos, a equipe vem pesquisando esses peixes do litoral e perceberam que os de São Paulo apresentavam DNA muito parecido com as espécies do Rio, embora o sarapintado fosse um pouco dissemelhante. Eles focaram logo em um peixe específico que apresentava um sarapintado mais diferenciado.

Paulo Vilardo complementou que foram realizados diversos trabalhos de campo na Floresta da Tijuca. “Em sua maioria, os exemplares encontrados eram de um padrão malhado, ou selado, com as faixas pretas transversais no corpo. É um padrão desse tipo que se encontra em várias bacias costeiras do Rio de Janeiro, São Paulo e do Paraná.”

Em oferecido momento, porém, em uma localidade específica do Parque Pátrio da Tijuca, foram encontrados exemplares totalmente amarelos, ou dourados. “Aí, bateu a curiosidade de verificar se esse bicho não seria o mesmo que ocorre em São Paulo. Foram feitos testes de DNA, usando a técnica de PCR (ou Reação em Calabouço da Polimerase), e chegou-se à peroração que os dourados da Floresta da Tijuca eram os mesmos de São Paulo.”

Aliás, foi constatado que o padrão malhado também é da mesma espécie do dourado, só que esse tem coloração muito rara e é encontrado pouquíssimas vezes”, disse Vilardo. Até hoje, há registros de exclusivamente sete ou oito indivíduos do bagre dourado nas três localidades do país. “É muito vasqueiro ser registrada essa cor nesse bicho.”

Valor

Além de identificar que o bagre dourado de chuva rebuçado ocorre em todas as áreas dos três estados, com a maior distribuição que se tem, Paulo Vilardo reforçou que o peixe tem um padrão vasqueiro. Um terceiro fator é que as condições da Floresta da Tijuca são muito boas, e a conservação dos rios é muito positiva.

“Esses peixes de padrão vasqueiro de coloração, tanto daqui porquê de São Paulo, foram encontrados em áreas de suplente ecológica. Uma questão interessante é ver que, em um lugar muito preservado, foi verosímil encontrar esse padrão mais vasqueiro”. O que os pesquisadores não sabem ainda é se o peixe desvelado é mais sensível que os demais, acentuou Vilardo.

Para a Mata Atlântica, Alex Katz salientou que a prestígio é que a maior secção de tais peixes se alimenta de insetos, basicamente, de larvas de mosquito. “Eles são muito bons para controlar as populações de mosquitos, que são vetores de muitas doenças, porquê dengue e febre amarela. Os peixes gostam também de escalar cachoeiras e chegam a locais inacessíveis. Por isso, são grandes predadores dos mosquitos que aparecem nos rios e cachoeiras. Às vezes, em 1,5 milénio metros de altitude, a gente consegue encontrar alguns bagres. Eles ocorrem em regiões muito altas devido à habilidade de escalar rochas.” De convenção com os pesquisadores, a invenção reforça a prestígio da preservação dos corpos de chuva rebuçado do Rio de Janeiro.

O Trichomycterus jacupiranga é uma espécie de bagre, peixe popular de chuva rebuçado, que ocorre em diversos lugares da América do Sul. A maioria tem corpo amarelado com faixas pretas que atravessam o dorso, além de outras variações no padrão de manchas e marcas. O diferencial do trabalho dos pesquisadores da UFRJ foi identificar e fundamentar que os exemplares dourados encontrados no Parque Pátrio da Tijuca eram dessa mesma espécie popularmente conhecida, mas com uma variação de cor desconhecida em águas fluminenses. Até logo, tais exemplares  só haviam sido registrados na região do Rio Ribeira do Iguapé, na lema entre São Paulo e Paraná.

Paulo Vilardo informou que, além de dar ininterrupção à pesquisa sobre bagres dourados, o foco agora serão outros grupos de peixes, visando encontrar novas espécies raras na Floresta da Tijuca. Axel Katz acrescentou que um dos objetivos é localizar novamente nas microbacias da região lambaris de quem último registro data de 1880, no Parque Pátrio da Tijuca, onde a espécie foi descrita pela primeira vez. “Encontrar o lambari seria muito importante porque esse é o lugar onde ele foi descrito”.

Aliás, a pesquisa pode encontrar peixes diferentes. “Na Floresta da Tijuca tem muita coisa para ser invenção”, afirmou.

Preservação

Uma invenção desse tipo só “fortalece os esforços de ações para a conservação do Parque Pátrio da Tijuca, afirmou a director da unidade, Viviane Lasmar. “Cada vez que temos resultado de pesquisa que demonstra o quanto o parque tem elementos e questões relevantes para a conservação, isso faz com que tenhamos um olhar mais diligente para a questão da biodiversidade.”

À Dependência Brasil, Viviane lembrou que o parque tem uso público intenso e as informações das pesquisas servem de orientação para as ações de ordenamento necessárias, inclusive para ajudar na questão da conservação também. “Não é só a pesquisa pela pesquisa, mas é porquê infligir o resultado em ações efetivas, para melhor uso do território porquê um todo e até para a conscientização dos visitantes.”



Fonte: Agência Brasil

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