terça-feira, fevereiro 25, 2025
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entenda porque idosos precisam de receita médica para a vacina

Reprodução/Rogério Vidmantas/Prefeitura de Dourados

A Qdenga é uma vacina tetravalente

A população idosa concentra, atualmente, as maiores taxas de hospitalização por dengue no Brasil
. O grupo, entretanto, ficou de fora da tira etária considerada prioritária para receber a vacina contra a dengue por meio do Sistema Único de Saúde (SUS)
. Isso porque a própria bula da  Qdenga
estipula que o imunizante é indicado somente para pessoas com idade entre 4 e 60 anos. Ainda assim, em laboratórios particulares, o imunizante é aplicado em idosos, desde que seja apresentado pedido médico.

A pergunta é: há risco para o idoso que recebe a vacina? Em entrevista à Dependência Brasil, o geriatra Paulo Villas Boas explicou que a bula da Qdenga não inclui pessoas supra de 60 anos porque não foram feitos estudos de eficiência nessa tira etária. O membro do Comitê de Imunização da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia destacou, entretanto, que a ração foi liberada para toda a população supra de 4 anos pela Dependência Europeia de Medicamentos e a Dependência Argentina de Medicamentos.

“Em médio prazo, acredito que haverá uma discussão sobre a liberação da vacina contra a dengue para a população com mais de 60 anos”, disse. “No presente momento, os idosos não são elegíveis. Se a ração for utilizada na população com mais de 60 anos, mesmo que seja recomendada por um médico, é considerado o que a gente labareda de receita off label, ou seja, que não consta na liberação solene. Alguns medicamentos são prescritos assim porque há estudos que mostram favor.”

“Existe essa possibilidade da receita off label. Mas o que está acontecendo no Brasil hoje em dia? Há uma demanda muito grande da população idosa com libido de se vacinar contra a dengue. Porém, mesmo nas clínicas privadas, não se encontra mais a vacina. Uma vez que ela foi liberada, o próprio laboratório não está conseguindo suprir a demanda para o SUS. Temos uma previsão, até o final do ano, de um aporte de muro de 6 milhões de doses. Portanto o laboratório provavelmente não vai conseguir suprir a demanda para clínicas privadas.”

Villas Boas lembrou que os idosos são considerados grupo de risco para agravos decorrentes da infecção pela dengue. O maior número de óbitos, segundo o geriatra, acontece exatamente nessa tira etária. Dados da Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul, por exemplo, mostram que, no ano pretérito, das 11 mortes registradas pela doença, oito foram em pessoas com mais de 60 anos. Em 2022, 79% dos óbitos provocados pela dengue no estado também foram entre idosos.

“A gente sabe que os indivíduos idosos são portadores de doenças crônicas porquê hipertensão, diabetes, doença do coração. Muitos têm estado em imunossupressão, ou seja, quebra da isenção. E esses são fatores de risco para complicações da infecção pela dengue. Por isso, acredito que a médio prazo, ou mesmo a pequeno prazo, teremos dados cientificamente robustos que indiquem a vacinação contra a dengue para essa população.”

O geriatra reforçou que não há risco iminente para idosos que, com a receita médica em mãos, recebem a vacina contra a dengue, mas destacou aspectos considerados importantes quando o tema é a imunização de pessoas com mais de 60 anos, porquê um estado de perda de isenção normal da idade, chamado imunossenescência, e a tomada de medicações que podem aumentar a imunodeficiência, porquê o uso crônico de corticoides e outros tratamentos específicos.

“Se eventualmente esse quidam idoso desejar ser vacinado, é importante que ele converse muito muito com o médico que irá prescrever a vacina. Um bom contexto de saúde desse quidam idoso, para que ele possa receber a vacina com totalidade segurança. A gente tem que lembrar que a Qdenga é uma vacina com vírus minorado e não com vírus morto. Se o quidam estiver com a isenção mais baixa, pode ter uma resposta ou reação vacinal maior, desenvolvendo efeitos colaterais inerentes à vacinação, porquê mal-estar universal e febre. Não vai desenvolver um quadro de dengue clássico. Mas pode ter uma série de efeitos colaterais, descritos na própria bula da vacina.”

Na carência de uma ração contra a dengue formalmente indicada para idosos, Villas Boas ressaltou que a prevenção da doença nessa tira etária deve ser feita por meio dos cuidados já amplamente divulgados para o combate ao mosquito Aedes aegypti: impedir o acúmulo de chuva paragem; usar repelentes sobretudo pela manhã e no final da tarde, horários de maior circulação do Aedes aegypti; e utilizar roupas de manga longa e em tons mais claros.

Fonte: iG

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