sábado, 30 novembro 2024
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Imagina ser engolido por uma estrela? Isso é mais comum do que parece

Da Redação Avance News

Um novo estudo revelou que uma em cada uma dúzia de sistemas binários de estrelas já devorou um planeta que estava orbitando. Esses eventos acontecem devido à instabilidade do sistema causada pelo problema de três corpos, que ganha esse nome devido a enorme dificuldade em calcular a órbita de um sistema envolvendo três objetos que influenciam gravitacionalmente uns aos outros. 

Para quem tem pressa:

  • Pensando nesses objetos em sistemas de instáveis, os pesquisadores a encontraram algo que não procuravam
  • Na pesquisa foram avaliadas estrelas em sistemas binários jovens que tinham a mesma origem e idade;
  • Foi descoberto algumas estrelas pareciam ter engolidos planetas no passado recentemente;

No estudo publicado na revista Nature, os pesquisadores fizeram um levantamento de estrelas próximas à Terra, e a partir das amostras, foi possível identificar que 8% dos sistemas binários possuem anomalias químicas que não eram comuns nesses objetos. Isso indica que provavelmente algum planeta que os orbitava foi engolido.

No estudo, os pesqusiadores utilziaram sistemas binarios gemeos (Imagem: R.J. Hall)

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Instabilidade gravitacional dos planetas e estrelas

Quando dois objetos influenciam gravitacionalmente um ao outros, os pesquisadores podem facilmente calcular suas órbitas. No entanto, quando um ou mais corpos celestes são adicionados, surgem algumas instabilidades no sistema. Dessa forma, algum desses objetos pode ser ejetado ou atraído diretamente para sua estrela hospedeira.

Em artigo no The Conversation, Yuan-Sen Ting e Fan Liu, explicaram que quando um planeta é devorado, seu material altera a composição da estrela. No entanto, essas mudanças podem se dar por outro motivo. Por causa disso, na pesquisa, os cientistas usaram sistemas binários compostos por estrelas gêmeas, conhecidas por nascerem na mesma época e da mesma mistura de materiais.

Ao todo, foram encontrados 91 sistemas binários gêmeos, onde em alguns deles, uma das estrelas que os compunha era um pouco diferente. A análise química desses objetos revelou que eles possuíam mais ferro, níquel e titânio, do que carbono e oxigênio, como em suas companheiras.

Estrela engolindo planeta (Crédito: K. Miller, R. Hurt/Caltech/IPA / Divulgação)

As instabilidades que podem fazer com que um planeta seja engolido por sua hospedeira começa a surgir a partir dos primeiros 100 milhões de anos da vida da estrela. No entanto, as estrelas observadas no estudo possuem bilhões de anos, assim, qualquer vestígio químico de “refeição” que elas tenham feito em seu período inicial, já desapareceu completamente.

Dessa forma, as anomalias químicas observadas na pesquisa provavelmente foram resultados de instabilidades relativamente recentes. Acredita-se que essas ocorrências também estejam relacionadas a sistemas que possuem uma super-Terra, visto que a presença desses planetas maiores que a Terra e muito menores que Júpiter podem deixar as coisas nada estáveis.



Fonte: Olhar Digital

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