Para dar o start às formações, no dia 16 de maio, professores de ciências do ensino fundamental/anos finais devem passar por capacitação
Jovens e adolescentes gostam de novas experiências, né?! Mas, nem toda nova experiência é boa. Algumas podem gerar grandes dores de cabeça – principalmente para os pais; acompanhadas de danos na saúde dos filhos. Sim, estamos falando de tabagismo e do uso do cigarro eletrônico. Mais especificamente, sobre a série de palestras com o tema “É hora de evaporar os principais prejuízos do tabaco e do cigarro eletrônico” que serão ministradas pela médica pneumologista, Simone de Oliveira.
O projeto que iniciou em 2022 pela Secretaria de Saúde e Saneamento (Semsas), ganhou reforços para esse ano. A Secretaria de Educação (Semed) e a Secretaria de Cultura, Turismo e Juventude (Semcultj) aderiram (ao projeto), que também contará com o apoio da Câmara de Vereadores. E a primeira ação está programada para o dia 16 de maio quando Simone palestrará para os professores de ciências que atuam no ensino fundamental/anos finais. “O público dos anos finais é formado por adolescentes e jovens, justamente a idade que está propícia a desenvolver o hábito de fumar”, pontua a coordenadora do departamento de Educação em Saúde, Sílvia Gehring. A capacitação será no Centro Municipal de Formação para Profissionais da Educação de Sorrio (Cemfor).
A profissional destaca que o Município busca aliar a informação a todo o atendimento que a Secretaria oferta aos pacientes tabagistas com intuito de prevenir e amenizar os danos causados pelo tabaco. “Muitas vezes o aluno trabalha esse tema na escola, leva um choque de realidade e percebe que não tem nada de bacana no tabaco; o estudante também leva a informação pra casa, estimulando familiares a parar de fumar”, defende Sílvia.
Segundo a coordenadora, o tabagismo é um tema que precisa ser trabalhado tanto em casa como nas escolas; “é preciso alertar e despertar para essa consciência em relação aos riscos”, diz.
Para a gestora da pasta de Educação, Lúcia Drechsler, a formação dos professores será um apoio bem-vindo aos profissionais da educação para que possam trabalhar em sala de aula a prevenção do hábito do tabagismo e do cigarro eletrônico. “Precisamos disponibilizar aos nossos professores informações, ferramentas, para que possam em sala de aula, destacar os males do uso do cigarro, dispositivos eletrônicos e outros produtos do tabaco”, frisa a secretária.
Em 2022, a doutora Simone realizou uma série de palestras em escolas estaduais para tratar do assunto. O tema trabalhado foi “Não se engane com as novidades; ele não é inocente e pode te matar” e a ênfase foi justamente no cigarro eletrônico.
O trabalho desenvolvido tanto com a formação de professores como com palestras, integra as ações da Comissão de Integração de Ensino e Serviço (Cies) da Semsas.
O vape
De acordo com cientistas, o cigarro eletrônico, também chamado vape – abreviação de “vaporizador”; assim como o cigarro convencional também faz mal à saúde por liberar nicotina. Presente tanto nos cigarros tradicionais quanto no vape, a nicotina causa vício, ou seja, ao ser inalada provoca dependência assim como outros tipos de drogas.
Dados sobre tabagismo
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que a dependência em drogas lícitas ou ilícitas é uma doença, e o uso indevido de substâncias como álcool, cigarro, dispositivos eletrônicos e outras drogas é um problema de saúde pública de ordem Internacional que preocupa nações do mundo inteiro, pois afeta valores culturais, sociais, econômicos e políticos. O tabaco mata mais de 8 milhões de pessoas a cada ano; mais de 7 milhões dessas mortes resultam do uso direto do tabaco, enquanto cerca de 1,2 milhão são de não-fumantes expostos ao fumo passivo.
De acordo com um estudo do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o uso de cigarro eletrônico aumenta em mais de três vezes o risco de experimentação de cigarro convencional e consequente dependência, tornando-se cada vez mais popular entre adolescentes adultos e jovens. O cigarro eletrônico pode causar lesões pulmonares graves e levar à dependência da nicotina, além disso, pode provocar danos na mucosa oral, irritação da garganta e olhos, crises de asma, rinite, pneumonia e também favorecer o aparecimento de diversas complicações cardiovasculares.
Estudos demonstram que as complicações do tabagismo matam mais que AIDS, malária, tuberculose, crack, cocaína e heroína, configurando-se como a maior causa evitável de doenças, invalidez e morte. Fumar é um fator de risco para mais de 50 doenças, metade delas incapacitantes e/ou fatais.