Donald Trump negou ter estuprado a escritora E. Jean Carroll em um depoimento por vídeo exibido nesta quarta-feira (3) para um júri federal de Manhattan, enquanto o ex-presidente dos Estados Unidos tenta se defender em um julgamento civil sem testemunhar pessoalmente.
Trump, favorito para a indicação presidencial republicana de 2024, disse no depoimento de outubro de 2022 que o suposto estupro no camarim da loja de departamentos Bergdorf Goodman na cidade de Nova York décadas atrás não aconteceu.
“É a história mais ridícula e repugnante”, disse Trump no vídeo, curvado sobre uma mesa de conferência enquanto os advogados de Carroll apresentavam documentos a ele. “É apenas inventado.”
Embora a filmagem do depoimento não tenha sido divulgada, partes da transcrição foram arquivadas publicamente.
Trump não testemunhará pessoalmente, e sua equipe jurídica disse ao juiz distrital Lewis Kaplan na quarta-feira que não convocará nenhuma testemunha.
O julgamento está em seu sexto dia e deve se estender até a próxima semana.
O processo civil de Carroll por agressão e difamação alega que Trump a estuprou em meados da década de 1990 e depois manchou sua reputação ao afirmar em uma postagem de outubro de 2022 em sua plataforma Truth Social que o processo movido pela ex-colunista da revista Elle era uma “fraude e uma mentira”.
Carroll disse durante três dias de testemunho e interrogatório apontando que Trump a jogou contra a parede em 1995 ou 1996, colocou os dedos em sua vagina e depois inseriu seu pênis.
Negando as acusações, Trump acusou Carroll de inventar a história para aumentar as vendas de um livro de memórias de 2019 no qual ela tornava públicas suas afirmações.
Trump não compareceu ao julgamento.