Da Redação Avance News
A morte precoce da deputada federal Amália Barros (PL) gerou grande repercussão nesse fim de semana, não só pelo recente vínculo que ela criou na política em pouco mais de 1 ano de mandato, mas também por sua pouca idade e defesa das pessoas com deficiência.
Nascida na cidade de Mogi Mirim, interior de São Paulo, e formada em Jornalismo, Barros também atuou no mundo da música antes de conquistar um assento na Câmara de Deputados, nas eleições de 2022. Ela era sobrinha de Milionário, da dupla Milionário e José Rico, foi assessora dos cantores e narradora dos shows do rodeio.
Entre um trabalho e outro, Amália publicava a rotina da profissão nas redes sociais. Há 13 anos ela estava casada com o agropecuarista Thiago Boava, que conheceu no camarote do rodeio de Jaguariúna.
Na publicação com o comunicado da morte da parlamentar em rede social, músicos como Cesar Menotti, da dupla Cesar Menotti & Fabiano, Fiduma, da Fiduma & Jeca, Barretto, da Bruno & Barretto, prestaram suas condolências.
Luta na política
Amália perdeu a visão do olho esquerdo aos 20 anos por conta de uma infecção, a toxoplasmose. Depois de 15 cirurgias, ela precisou remover o olho e usar uma prótese ocular em 2016.
Quando decidiu entrar na política, a parlamentar criou fortes vínculos. Um deles foi com a família Bolsonaro, especialmente com a ex-primeira Michelle Bolsonaro. As duas eram grandes amigas. Durante a eleição, a esposa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) mergulhou na campanha pedindo votos para que a parceira fosse eleita.
Na maioria das vezes em que Bolsonaro visitava Mato Grosso, ele costumava passar alguns dias no rancho de propriedade de Amália. Filiada ao Partido Liberal (PL), a jornalista foi eleita deputada federal recebendo mais de 70 mil votos, aproximadamente 5% dos votos do estado.
A deputada também era vice-presidente do PL Mulher nacional e integrou as comissões de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, dos Direitos da Mulher e da Educação na Câmara dos Deputados.
Nessa trajetória, ela também foi responsável por inspirar a Lei 14.126/2021, conhecida como Lei Amália Barros, que reconhece a visão com apenas um olho como uma deficiência sensorial. Além disso, fundou o Instituto Amália Barros, posteriormente renomeado como Instituto Nacional da Pessoa com Visão Monocular, que promove campanhas de doação de próteses oculares e oferece assistência às pessoas monoculares.