Da Redação Avance News
No meio do caos causado pelas chuvas excessivas no Rio Grande do Sul, o que não falta é criatividade aos outros estados da federação e seus cidadãos, na busca por novas formas de ajudar os brasileiros gaúchos. Ajudar não está fácil, já que os acessos ao estado estão prejudicados e até interditados, como é o caso de muitas rodovias e aeroportos. Essa situação levou o vizinho do Sul, o Paraná, a autorizar os gaúchos a comercializarem de produtos agroindustriais em seus municípios.
A Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou na quarta-feira (15) a Portaria Nº 1.114, permitindo temporariamente a comercialização interestadual de produtos de origem animal do Rio Grande do Sul, em caráter excepcional.
Alinhada a esta autorização, a Adapar, Agência de Defesa Agropecuária do Paraná, enviou então uma declaração expressa ao Ministério, e vai disponibilizar em seu site oficial uma lista dos estabelecimentos aptos a vender esses produtos, garantindo a segurança e a qualidade alimentar para os consumidores. As agroindústrias gaúchas precisam ter o selo de inspeção municipal ou estadual.
A decisão atende a uma solicitação da Associação Gaúcha de Laticinistas e Laticínios (AGL) pela flexibilização das regulamentações vigentes, com o objetivo de garantir a continuidade da venda dos produtos de origem animal produzidos em território gaúcho.
O assunto foi debatido entre Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais e o Mapa.
“Essa medida representará um alívio significativo para as pequenas empresas, com o escoamento de produtos que poderão ser revendidos nos estabelecimentos distribuídos por diversos estados brasileiros”, explica o diretor-presidente da Adapar, Otamir Cesar Martins. As autorizações dispostas na Portaria do Ministério são válidas pelo prazo de 90 dias.
Para a gerente de Inspeção de Produtos de Origem Animal da Adapar, Mariza Koloda, a iniciativa representa um importante passo na busca por soluções ágeis e eficazes para enfrentar os desafios impostos pelo cenário de crise no Rio Grande do Sul.
Segundo informações da AGL, a maioria das agroindústrias familiares depende de feiras, restaurantes, empórios, hotéis, vendas digitais para consumidor direto ou de compras institucionais pelo Poder Público. O impacto das chuvas prejudicou a comercialização das agroindústrias em todas as regiões, com produtores que perderam animais, lavouras e instalações. (colaborou Seab)
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