Da Redação Avance News
As pequenas propriedades começam a contabilizar as perdas causadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul. Em algumas lavouras, o acesso é restrito pelo alagamento e muitos produtos que seriam vendidos para merenda escolar, em feiras ou nas próprias propriedades foram perdidos.
Parte da lavoura e da silagem que Armando Porsch havia feito nesta safra ficou embaixo d’água. Ele planta de tudo um pouco no município de Parobé, a 95 km de Porto Alegre. No feijão, por exemplo, a colheita já tinha que ter sido feita. Vagens apodrecem e grãos estão brotados.
“Está tudo perdido, não tem mais o que fazer. É ficar sem renda, porque a gente vivia disso e não tem nem serviço fora, porque não tem como se deslocar, pois ficamos ilhados. só tem uma saída, que dá 18 km a mais”, diz o produtor.
sua principal produção são hortaliças destinadas à merenda escolar. Mesmo protegidas por plásticos, as folhas de baixo dos maços começam a estragar. O maior prejuízo foi nas alfaces, como as da variedade americana, que apodreceram todas.
Onde ele plantou repolho roxo, o adubo se foi e será necessário recuperar o solo. Em outras áreas, o que havia sido semeado terá que ser refeito. O aipim, que é fonte importante de renda na cidade, também apodreceu.
Muitos produtores ainda não têm a real dimensão dos prejuízos, isso porque muitas áreas ainda estão alagadas. Na propriedade de Eiscilda de Souza, por exemplo, a água começou a baixar, mas os níveis subiram novamente, alagando o milho. São 6 hectares e quase R$ 8 mil de investimento que podem ser perdidos.