Da Redação Avance News
A Secretaria da Agricultura do Distrito Federal anunciou nesta quarta-feira (22), durante a Agrobrasília, a inclusão de produtores da região no plano setorial de adaptação e baixa emissão de carbono na agropecuária, chamado de ABC+. A iniciativa tem como meta reduzir as emissões de carbono equivalente do setor em 1,1 bilhão de toneladas até 2030.
De acordo com o secretário da Agricultura do Distrito Federal, Rafael Bueno, 70% das áreas de pastagem da capital se encontram severamente ou altamente degradadas.
“Para nós, [esse índice] é um parâmetro de onde precisamos avançar na recuperação dessas áreas e também na recuperação das áreas de reserva legal de APP, além de trabalhar na integração lavoura pecuária”, afirma. Segundo o secretário, o governo vai liberar recursos para os produtores que aderirem às metas estabelecidas pelo plano.
“Nós temos também duas ações que estão conectadas ao ABC+ e que serão lançadas na Agrobrasília que é o Pró-Águas, um programa de recuperação de água e solo que vai se estender por todo o Distrito Federal. Com isso, há uma captação de recurso particular para investir na recuperação de áreas de cobertura de solo e recuperação de estradas para que possamos, de fato, melhorar a quantidade e a qualidade de água que chega”, conta Bueno.
Rota das frutas
A rota das frutas tem se mostrado um exemplo de boas práticas na agricultura do Distrito Federal. O coordenador do projeto, Frederico Calazans, afirma que a área vem sendo gradativamente aumentada. “Crescemos o interesse pelo mirtilo, pelo açaí, que são duas frutas que estamos incentivando na rota”. A inciativa é voltada aos pequenos produtores que estão inseridos em cooperativas.
Exemplo disso é a produtora Marlene Luiza Mendes, que começou a plantar dois mil pés de mirtilo em dois mil metros quadrados. “Este ano, fizemos a ampliação para três mil pés e estamos na expectativa de crescer ainda mais quando recebermos as mudas”.
O Distrito Federal tem cerca de 600 produtores de frutas que, cada vez mais, investem em diversificação. A pitaya, por exemplo, é uma das grandes apostas do setor. “A pitaya é uma alternativa de diversificação de renda também. Até em pequenas áreas se consegue produzir bem e ter boa rentabilidade”, conta o técnico da Emater, Felipe Camargo.