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Em vez de ter uma única cotação para o dólar norte-americano, a Argentina tem criado variações da moeda para diferentes finalidades, com o objetivo de evitar a saída de divisas e fortalecer as reservas internacionais. São 16 cotações diferentes; veja quais são:
Crédito: Tomas Cuesta/Getty Images2 de 17
Dólar do atacado, ou “mayorista”
Voltado para bancos e importadores, é a cotação pela qual o Banco Central argentino libera dólares para operações no exterior. Também chamado de “dólar interbancário”, é a moeda negociada no Mercado Único de Câmbio Livre (MULC).
Crédito: 27/03/2010REUTERS/Jessica Rinaldi3 de 17
Dólar de varejo, ou “minorista”
É a taxa pela qual bancos vendem dólares ao público geral, limitada a U$ 200 por mês. Os clientes precisam apresentar um comprovante que justifique a necessidade de obtenção da moeda norte-americana, como viagens ao exterior.
Crédito: 23/07/2015REUTERS/Thomas Mukoya4 de 17
Dólar Catar
Assim nomeado por causa da Copa do Mundo e da expectativa de maiores gastos de viajantes argentinos no exterior, é a cotação que incide sobre compras com cartão de crédito e débito que ultrapassem US$ 300 por mês, a uma taxa de câmbio de 300 pesos por dólar.
Crédito: Hamad I Mohammed/Reuters5 de 17
Dólar Coldplay
Batizado em homenagem à banda britânica que fez 10 shows em território argentino, representa um acordo com o setor cultural — em especial empresários do entretenimento internacional — que podem ter acesso à moeda estrangeira a um preço menor. Cotado ao redor de 200 pesos, o “dólar Coldplay” tem um valor mais acessível que o “blue”, a versão clandestina.
Crédito: Buda Mendes/Getty Images6 de 17
Dólar Blue
É a moeda que corre no mercado paralelo argentino, que, por ser mais acessível, costuma reger os preços do câmbio. Embora seja ilegal, circula amplamente no país e é vendido em lojas especializadas, à força da vista grossa de autoridades argentinas. Costuma rondar 300 pesos, quase o dobro da cotação oficial, do atacado e varejo
Crédito: 17/07/2022REUTERS/Dado Ruvic/Ilustração7 de 17
Dólar Luxo
Usado para compra de artigos de luxo importados, como jetskis, aviões particulares e relógios, tem a mesma cotação do dólar Catar.
Crédito: Divulgação8 de 17
Dólar Bolsa
Aplicado em transações no mercado acionário, é obtido na compra de títulos públicos em pesos e, depois, na venda deles em dólares.
Crédito: 06/07/2023REUTERS/Amanda Perobelli9 de 17
Dólar “contado com liquidação” (CCL)
É parecido com o dólar Bolsa, mas quando os dólares resultantes das transações são depositados no exterior.
Crédito: 28/10/2021REUTERS/Amanda Perobelli10 de 17
Dólar Senebi
Acrônimo para Segmento de Negociação Bilateral, foi criado em meados de 2021 para incidir sobre as negociações de bônus decorrentes da compra e venda de títulos públicos. Atua de forma parecida com o dólar Bolsa.
Crédito: REUTERS/Dado Ruvic11 de 17
Dólar ADR
Utilizado apenas por empresas que operam no exterior, incide sobre ações cotadas em pesos e dólares, simultaneamente. Também atua de forma parecida com o dólar Bolsa.
Crédito: 17/10/2022REUTERS/Agustin Marcarian12 de 17
Dólar Cedear
Acrônimo para Certificado de Depósito Argentino, é usado por empresas em operações de títulos comprados em pesos, mas que podem ser convertidos em moeda estrangeira.
Crédito: 03/11/2009REUTERS/Rick Wilking13 de 17
Dólar Netflix
É aplicado sobre serviços de streaming pagos com cartão de crédito, como Netflix, Spotify, entre outros. Aqui, o dólar varejo incide com mais uma taxa de 45% para o Imposto de Renda antecipado, além de outra de 8%, chamada “imposto país”, e mais uma de 21% de EVA. Assim, a sobretaxa total é de 74% em relação ao dólar de varejo.
Crédito: Foto: Mollie Sivaram/Unsplash14 de 17
Dólar Tecno
Embora tenha esse nome, não é uma taxa de câmbio, mas um incentivo a empresas que exportam serviços ou atuam na indústria da economia do conhecimento. Para aquelas que fazem mais de US$ 3 milhões em investimentos, o governo argentino anunciou isenção do pagamento de 20% sobre a moeda estrangeira no mercado oficial. Além disso, as empresas que aumentarem suas exportações neste ano terão disponibilidade de 30% de moeda estrangeira para utilizar na remuneração.
Crédito: Pexels15 de 17
Dólar Cripto
Incide sobre transações de criptomoedas cujos valores estão atrelados ao dólar.
Crédito: 14/02/2018REUTERS/Dado Ruvic16 de 17
Dólar Soja ou de Exportação
Em vigor apenas durante temporada de soja, faz parte do Programa de Incentivo às Exportações, onde os exportadores da commodity recebem o resultado de suas vendas ao preço de 230 pesos por dólar exportado.
Crédito: 17/02/2020REUTERS/Jorge Adorno17 de 17
Dólar Malbec
É uma nova taxa de câmbio paralela para estimular a indústria do vinho e recuperar a competitividade do setor, que vem perdendo espaço no mercado por condições climáticas extremas. Deve ficar em vigor pelo menos até o fim deste ano.
Crédito: Getty Images/EyeEm
A duas semanas das eleições presidenciais na Argentina, o “dólar blue” — como é conhecida a moeda vendida no mercado paralelo — continua em disparada. E o governo do país anunciou medidas para tentar conter o avanço do câmbio em meio à tensão eleitoral.
Na última sexta-feira (6), o “dólar blue” bateu um novo recorde — o segundo esta semana — e fechou a 880 pesos argentinos (cerca de R$ 13). Na última terça-feira (3), a moeda americana tinha sido cotada a 850 pesos (R$ 12,55) na máxima da sessão.
Os números embutem as incertezas sobre o pleito marcado para o próximo dia 22.
Investidores temem que uma vitória da chapa governista mantenha a política fiscal expansionista adotada pelo presidente Alberto Fernández, enquanto analistas pedem a adoção de ajustes fiscais.
O governo, por sua vez, reforçou seus controles cambiais, em uma tentativa de controlar o comércio paralelo de moeda estrangeira.
Entre as medidas, a Casa Rosada estabeleceu um prazo mínimo de permanência de cinco dias úteis para a venda de valores mobiliários negociáveis emitidos sob legislação estrangeira e que tenham liquidação em moeda estrangeira. O mesmo prazo vale para realização de envio e recebimento de transferências.
No caso de uma transferência recebida (do exterior para a Argentina) será necessário aguardar o término do período para liquidá-la.
São operações corporativas ou feitas por agente de liquidação e compensação, os AlyCs, que são sociedades que atuam como intermediária entre os investidores e empresas. O prazo para venda dos dólares obtidos nessas operações com títulos soberanos aumenta de 15 para 30 dias.
A resolução determina ainda que as carteiras próprias das AlyCs, quando atuarem em mercados estrangeiros por mandato de seus clientes, somente poderão fazer a operação em segmentos de concorrência de ofertas com tempo de preço prioritário em mercados autorizados sob controle e supervisão de uma entidade governamental reguladora.
Adicionalmente, as ALyCs deverão apresentar declarações juramentadas, semanalmente, detalhando todas as operações realizadas no mercado externo (próprias e por mandato) detalhando tipo, quantidade, preço e contraparte envolvidas nas transações.
Quando operarem com carteira própria, as AlyCs terão de terminar o dia, vendendo a mesma quantidade de títulos que foram comprados, com liquidação em moeda estrangeira.
A decisão foi tomada após o mercado paralelo de moedas da Argentina ficar paralisado na quinta-feira (5), com os operadores citando uma repressão das autoridades ao mercado informal.
Eles afirmam que não foram estabelecidos preços de referência e as operações praticamente não foram realizadas.
Veja também: Argentina zera impostos antes das eleições
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Com informações da Agência Estado e da Reuters.
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