quinta-feira, 28 novembro 2024
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A retomada aos escritórios e as transformações pós-pandemia

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Adriano Sartori, vice-presidente de Gestão Patrimonial e Locação do Secovi-SP e da CBRE

Por  Adriano Sartori

A retomada ao presencial está cada vez mais próxima de se equiparar aos níveis pré-pandêmicos, e a perspectiva é que, em 2024, o movimento se intensifique. Socialmente, grandes eventos voltaram a acontecer e economicamente as empresas têm se preparado para a volta do modelo de trabalho presencial.

Os números do mercado imobiliário de escritórios consolidam esse movimento, conforme mostra uma pesquisa da CBRE. A empresa coletou dados dos 550 principais edifícios comerciais da cidade de São Paulo e constatou que 90% dos prédios de escritórios tinham um fluxo de pessoas acima de 50% da capacidade do local em 2023, enquanto em 2022 eram apenas 69% dos imóveis nessa situação. E a análise aponta que esse aumento na ocupação tende a continuar, pois existe uma demanda reprimida por espaço.

Esse comportamento positivo do mercado já se refletiu em uma absorção bruta acumulada em 2023 (o segundo maior da história), equivalente a 26% a mais do que o volume absorvido em 2022. Segundo as análises de 2023, a vacância manteve-se estável e fechou o ano em 21,2%. Essa vacância só não reduziu devido ao volume do novo estoque em 2023 ter sido três vezes maior do que o entregue em 2022.

Esse avanço positivo no mercado de escritórios é relevante. Entretanto, é importante que as organizações se preparem internamente para receber os colaboradores. A pandemia acelerou a implementação de práticas mais colaborativas, motivadas pela necessidade de se ajustar a novos modelos de trabalho.

Essas transformações continuam a influenciar a forma como as empresas funcionam e se relacionam com seus funcionários, proporcionando espaços mais adaptáveis e cooperativos que estimulam a eficiência e a inovação.

Neste processo, a experiência do colaborador tem sido um fator preponderante no processo de tomada de decisão das empresas, por conta do impacto nas taxas de retenção e atração de talentos.

Dessa forma, regiões com empreendimentos de melhor qualidade e que conseguem unir soluções integradas entre trabalho, lazer, compras e um acesso facilitado têm sido bastante beneficiadas. Sem contar as áreas externas que precisam ser reformuladas. Aquele hall sem nenhum tipo de conexão com o exterior, por exemplo, é coisa do passado.

*Adriano Sartori é vice-presidente de Gestão Patrimonial e Locação do Secovi-SP e da CBRE.



Fonte: iG

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