sábado, 4 janeiro 2025
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A saliva desse bicho é uma sopa de bactérias e sua mordida pode causar sérios problemas a você

Da Redação Avance News

O dragão-de-komodo (Varanus komodoensis) é o maior lagarto do mundo, podendo atingir até 3 metros de comprimento e pesar cerca de 70 quilos. Nativo de algumas ilhas da Indonésia, como Komodo, Rinca, Flores e Gili Motang, este impressionante réptil é conhecido por suas adaptações únicas como predador de topo em seu habitat.

Alimentando-se de grandes mamíferos, como veados, porcos selvagens e búfalos, o dragão-de-komodo é um caçador eficiente e oportunista. O nome “dragão” foi dado por colonizadores europeus, que ficaram impressionados com sua aparência robusta e comportamento agressivo, remetendo às criaturas mitológicas dos contos ocidentais.

E não é à toa que esse animal recebe o nome de uma criatura mitológica, o dragão-de-komodo possui um conjunto de habilidades que o diferenciam de todos os outros lagartos do reino animal. A primeira delas está em seus dentes. Pesquisas recentes revelaram que os dentes do dragão-de-komodo possuem pontas revestidas de ferro, o que os torna extremamente resistentes e duráveis.

Embora sua mordida não seja a mais forte entre os predadores, essa adaptação, aliada às suas habilidades estratégicas de caça, compensa a força limitada da mordida e contribui para sua eficácia predatória.

Os dragões-de-komodo desempenham um papel crucial no equilíbrio dos ecossistemas das ilhas da Indonésia, ajudando a controlar populações de presas e mantendo o ambiente saudável. Apesar de sua reputação temida, esses répteis convivem pacificamente com as comunidades humanas há milhares de anos, mostrando que o respeito mútuo é essencial para preservar essa espécie fascinante. Foto: Dwi Julian, CC BY-SA 4.0 via Wikimedia Commons.

Além de sua poderosa dentição, a saliva do dragão-de-komodo é uma das suas armas mais perigosas. Trata-se de uma verdadeira “sopa” de bactérias e toxinas que podem causar sérios problemas para quem é mordido. Estudos mostram que sua boca abriga várias espécies bacterianas, como Staphylococcus, Providencia, Proteus e Pseudomonas. Essas bactérias podem causar infecções graves e potencialmente fatais, como septicemia, em poucos dias.

Além disso, o dragão-de-Komodo possui glândulas de veneno que liberam toxinas capazes de impedir a coagulação do sangue e induzir choque nas presas, tornando-as mais vulneráveis.

As bactérias e toxinas presentes na saliva do dragão-de-komodo são particularmente perigosas quando entram na corrente sanguínea através de cortes ou feridas causadas por suas mordidas. As infecções podem se desenvolver rapidamente, causando febre, dores intensas e, em casos graves, falência de órgãos.

Por isso, é crucial que qualquer vítima de mordida por esse réptil busque atendimento médico imediato. O tratamento geralmente inclui limpeza profunda da ferida e administração de antibióticos potentes para combater as bactérias.

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Embora os dragões-de-komodo vivam em áreas habitadas por humanos, eles raramente veem pessoas como presas preferenciais. Esses predadores costumam buscar animais que ofereçam um retorno energético maior em relação ao esforço da caça, como presas ricas em gordura ou pequenas e fracas, que oferecem pouca resistência. Essa estratégia garante que eles gastem menos energia e obtenham mais nutrientes com cada ataque.

Imagem: Nature Ecology & Evolution

Por exemplo, o percentual médio de gordura corporal em humanos é de aproximadamente 15% a 25%, dependendo da idade e do sexo. Já presas típicas do dragão-de-komodo, como porcos selvagens e veados, podem ter índices de gordura superiores a 30%, além de uma maior proporção de massa muscular.

Isso faz com que sejam alvos mais interessantes para o dragão-de-komodo, pois oferecem mais energia por cada refeição, tornando os humanos menos atraentes para esses répteis, exceto em casos extremos, como escassez de presas.

Os últimos casos documentados de incidentes envolvendo dragões-de-komodo e seres humanos foram a mais de 15 anos atrás e incluem o de uma criança atacada em 2007, que sucumbiu aos ferimentos, e o de um homem de 31 anos morto em 2009 enquanto colhia frutas em uma área habitada por dragões-de-komodo.

As vítimas geralmente sofrem ferimentos graves devido às mordidas, seguidos por infecções causadas pela saliva contaminada. Esses incidentes destacam a importância de evitar contato próximo com esses répteis e respeitar as orientações de segurança ao visitar áreas onde eles vivem.

Qual o maior lagarto do mundo atualmente?

O dragão-de-komodo pode atingir até três metros de comprimento

Onde vive o Dragão-de-Komodo

Ele é nativo de algumas ilhas da Indonésia, como Komodo, Rinca, Flores e Gili Motang.

Com informações de IFLScience.



Fonte: Olhar Digital

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