O voo AI171, operado por um Boeing 787-8 Dreamliner, caiu minutos após a decolagem do Aeroporto Internacional Sardar Vallabhbhai Patel
As ações da Boeing recuaram 4,79% nesta quinta-feira (12), fechando o dia cotadas a US$ 203,74 na Bolsa de Valores de Nova York.
A retração ocorreu poucas horas após a confirmação de um acidente fatal com uma aeronave Boeing 787-8 Dreamliner da companhia Air India.
O voo AI171, que partiu de Ahmedabad com destino a Londres, caiu minutos após decolar do Aeroporto Internacional Sardar Vallabhbhai Patel.
A aeronave transportava 242 pessoas — 230 passageiros e 12 tripulantes — e colidiu com uma área residencial em Meghani Nagar.
Pelo menos 240 pessoas morreram, incluindo estudantes de medicina que estavam alojados em um edifício atingido. Apenas um passageiro sobreviveu, com ferimentos leves.
Esse é o primeiro acidente com vítimas fatais envolvendo o modelo 787 Dreamliner desde que entrou em operação comercial, há cerca de 15 anos.
A Boeing divulgou dois comunicados ao longo do dia. O primeiro, às 09h03 (horário de Brasília), foi publicado na plataforma X.
A empresa afirmou estar em contato com a Air India e pronta para prestar suporte, acrescentando: “Estamos prontos para apoiá-los.
Nossos pensamentos estão com os passageiros, a tripulação, os primeiros socorristas e todos os afetados.”
No segundo comunicado, às 14h26, assinado pelo CEO Kelly Ortberg, a Boeing informou que Ortberg conversou com o presidente da Air India, N. Chandrasekaran, para oferecer apoio técnico integral.
O texto também anunciou o envio de equipes da fabricante para colaborar com a investigação liderada pelo Aircraft Accident Investigation Bureau (AAIB), órgão indiano responsável por apurar acidentes aéreos.
Entre os elementos que serão analisados estão os dados das caixas-pretas — o gravador de voz da cabine e o gravador de dados de voo — e imagens registradas por câmeras de segurança próximas ao aeroporto, que captaram a aeronave em configuração incomum durante a decolagem.
Segundo a empresa, os protocolos da investigação seguirão as diretrizes do Anexo 13 da Organização das Nações Unidas, que estabelece normas para apuração de acidentes aeronáuticos.
A Boeing informou ainda que a condução da investigação caberá exclusivamente ao AAIB da Índia.
