Da Redação Avance News
O vazio sanitário é o período contínuo de no mínimo 90 dias em que o produtor rural não pode plantar e nem manter vivas plantas de soja em qualquer fase evolutiva na área determinada.
Essa medida é uma das mais importantes para o controle da ferrugem-asiática da cultura. No oeste da Bahia, esse intervalo se estende de 1 de julho a 7 de outubro deste ano.
Por conta disso, a equipe do Fitossanitário ‘De olho na ferrugem’, realiza durante este mês de junho, juntamente com outras entidades agrícolas, um trabalho orientativo relacionado ao manejo e à legislação sobre a prática.
Orientações ao produtor
De 1º de julho até sete de outubro, as equipes do órgão da Agência de Defesa Agropecuária do Estado da Bahia (Adab) começam os processos de fiscalização. De acordo com a legislação, o não cumprimento das diretrizes implicará em penalidades pelo órgão de defesa vegetal.
Os produtores precisam estar atentos aos prazos para reduzir a sobrevivência do fungo causador da ferrugem-asiática no ambiente durante a entressafra, minimizando os impactos negativos durante a safra seguinte.
“Orientar o produtor rural quanto à proliferação de plantas voluntárias, chamadas de tigueras, para que no período de entressafra não haja a fonte de inóculo em plantas hospedeiras, pois, essas plantas mantém a doença na região, podendo infestar as lavouras na safra seguinte, a partir de outubro”, explica o gerente de Agronegócio da Aiba, Aloísio Júnior.
A orientação compreende informações sobre a legislação vigente de vazio sanitário, o calendário de semeadura para a cultura da soja no oeste da Bahia e as boas práticas agrícolas para o manejo eficiente de controle de doenças e pragas de soja, principalmente no que se refere à destruição e eliminação de plantas voluntárias.
Perdas severas na soja
De acordo com a Embrapa, a ferrugem-asiática da soja foi identificada pela primeira vez no Brasil em 2001. A partir de então, é monitorada e pesquisada por vários centros públicos e privados.
Segundo o Consórcio Antiferrugem, essa doença, considerada a mais severa da cultura, pode causar perdas de até 90% de produtividade se não controlada.