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sábado, 12 abril 2025
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Agroindústria deve demandar mais da silvicultura do Oeste da Bahia

Da Redação Avance News

No Oeste da Bahia, as florestas de eucalipto para produção comercial é uma realidade ainda recente para produtores de culturas tradicionais comuns na região. Com a instalação de fábricas da agroindústria, a Silvicultura é alternativa de geração de energia e também para outros segmentos.

A operação de colheita dessa produção utiliza máquinas rápidas e precisas. Elas cortam árvores que ultrapassam os 40 metros de altura.

Além da extração da madeira, produtores do Oeste baiano, conheceram de perto o manejo florestal e condução de rebrota numa fazenda que cultiva eucaliptos em Barreiras (BA). A experiência no campo foi promovida por uma cooperativa de produtores rurais.

O engenheiro florestal e doutor em genética, Antônio Marcos Rosado, explicou como o plantio de eucaliptos foi iniciado na região.

“É o primeiro workshop em silvicultura aqui na região do Oeste da Bahia. Teve alguns aventureiros que plantaram sem testar previamente os materiais genéticos aqui. É o pontapé inicial para realmente organizar essa introdução do eucalipto de uma forma mais séria, de uma forma mais organizada, que garanta um sucesso para o produtor rural.”, disse Rosado.

Ele também ressaltou a importância de estudos de viabilidade para quem se interessa nessa produção.

“Tivemos alguns aventureiros que plantaram e, felizmente, alguns deram certo. Esses que deram certo já é um direcionador para aqueles que querem plantar agora, já sabem quais são os materiais genéticos como esse que nós estamos aqui agora nesse plantio, qual o material genético que se pode plantar, qual o clone que se pode plantar que dá certo na região”, explica o doutor em genética.

A silvicultura é um investimento a longo prazo. O ciclo do plantio até o primeiro ponto de corte, leva 7 anos, ainda assim, é possível ter uma boa rentabilidade, explicou o engenheiro florestal, Moisés Pedreira de Souza.

“A preço de hoje, se eu tivesse floresta hoje para vender, a rentabilidade estaria na faixa de o equivalente a 36 a 40 sacas de soja por hectare, o que é um rendimento muito bom, levando em consideração que você tem uma floresta em que a rotatividade dela é em torno de sete anos. O grande gargalo do evento é fazer com que o fazendeiro entenda que o projeto é a longo prazo, ou seja, eu planto hoje para ter um retorno daqui a sete anos.”, contou o engenheiro.

Máquina conhecida como harvester, que corta as árvores de eucalipto | Imagem: Vinicius Ramos/ Canal Rural Bahia

A Fazenda Planalto, por exemplo, tinha inicialmente mil hectares de área plantada, está agora com cerca de setecentos e cinquenta, em um local que antes era de pastagem.

Apesar da grandiosidade de uma floresta de eucaliptos profissionais do setor afirmam que a região precisa de mais florestas para atender a demanda de geração de energia.

Demanda deve aumentar

De acordo com a engenheira florestal, Izabel Cristina Ceron de Paula, o setor na região Oeste da Bahia sofre uma estagnação desde 2012.

“Nós tivemos uma estagnação de 2012 até agora. São poucas fazendas que estão implantando eucalipto, mas a gente sabe que a gente já está com uma demanda de no mínimo três anos atrasado com os plantios de eucalipto. e aí nós fizemos esse workshop com o objetivo de incentivar os produtores, que também é uma nova fonte de renda, é uma fonte de renda mais além da soja, algodão e milho, e estamos motivados a aumentar a área de plantio aqui na região.”, disse Izabel.

De acordo com o engenheiro, o Oeste da Bahia possui madeira apenas para os próximos 3 anos, uma margem apertada diante do longo ciclo da cultura e de grandes projetos voltados a produção de biomassa. São três indústrias que serão instaladas na região de Correntina e Luís Eduardo Magalhães.

“Mercado existe, as empresas estão aí e como informação, nós já temos uma empresa que vai funcionar esse ano, que vai produzir álcool de milho, que deverá consumir em torno de 2 mil hectares de eucalipto por ano. Então, só essas três empresas vão precisar por ano de 6 mil hectares. como o ciclo é de sete anos, eu vou precisar pelo menos de 40 a 42 mil hectares para movimentar apenas três indústrias.”, finalizou.


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Fonte: Canal Rural

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