quinta-feira, 28 novembro 2024
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Aldeia Wederã, na T.I. Pimentel Barbosa, recebe projeto de incentivo ao plantio agroflorestal

Através de financiamento do Programa REDD Early Movers (Programa REM MT em português), o Instituto Flor de Ibez executou uma formação intensiva em produção agroflorestal de alimento para membros da aldeia Wederã, Território Indígena Xavante Pimentel Barbosa em Canarana-MT (857 km de Cuiabá). Além da formação, o projeto tinha como objetivo a implantação de quintais agroflorestais e de uma agrofloresta coletiva na aldeia.

Ao todo foram quatro etapas, por meio de uma metodologia de compartilhamento de saberes e vivências habituais, unindo teoria e prática. A primeira etapa foi na sede de Flor de Ibez para que o grupo de pessoas, selecionadas pela aldeia, pudesse participar de uma troca de vivências e saberes inicial sobre agrofloresta.

Na segunda etapa, já na aldeia, foi realizada uma oficina coletiva, para implantação dos quintais agroflorestais, seguindo a demanda dos moradores. Na terceira, foi realizada a implantação de uma parcela agroflorestal com prioridade em árvores frutíferas do Cerrado. Por fim, durante a última etapa do projeto, o grupo retornou à sede do Instituto Flor de Ibez durante sete dias para o aprendizado com foco no manejo agroflorestal, essencial para a evolução dos trabalhos na aldeia.

Segundo Artur Simón, coordenador geral do Instituto Flor de Ibez, a ideia desse projeto é fortalecer as bases para a soberania alimentar na aldeia Wederã, valorizando alimentos naturais e saudáveis, bem como a cultura tradicional. “Este é um projeto deles, que nós assumimos executar. Eles escolheram o que íamos plantar e conseguimos as mudas na região. Eles têm a necessidade do alimento saudável e a intenção de deixar de usar o alimento industrializado, pelas enfermidades que acarretam. Então, este projeto é um querer deles”, enfatizou.
Erlie Runhamre, morador xavante de Wederã, contou que existia essa necessidade de ter alimentos saudáveis na aldeia. “Plantamos várias mudas de frutas que estavam faltando, como o pequi e o baru que não tem perto de casa”.

Após o período de aprendizado, Runhamre afirma que o conhecimento permanecerá e ajudará na qualidade de vida do povo xavante em Wederã. “Com essa parceria com o Flor de Ibez nós aprendemos muito. Tivemos a oportunidade de aprender. Depois vamos levar para a nossa comunidade e proteger as nossas plantações. Vamos fazer adubo, por exemplo. Nós aprendemos que precisamos alimentar a terra porque a terra devolve nossos frutos”, destacou.

Para Simón, apesar do projeto em Wederã ter sido intensivo, foi recompensador. É uma alegria compartilhar com o povo xavante e certamente vai ser o início de algo maior que temos agora pela frente”, concluiu.
Para obter mais informações sobre o projeto entre em contato com o Instituto Flor de Ibez pelo e-mail: [email protected] ou pelo whatsApp (66) 9 9673-7893.

Assessoria 

Fonte: RDN

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