O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse criticou nesta sexta-feira (11), durante cerimônia de lançamento do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)
, a “austeridade fiscal quase obsessiva” que fez com que obras dos programas passados fossem interrompidas.
“Assumimos o compromisso moral neste novo PAC de retomar a construção de milhares de obras, não deixar mais que a falta de gestão ou a austeridade fiscal quase obsessiva interrompam pela metade os anseios mais justos da nossa população”, afirmou.
Lula e os ministros do governo lançaram o programam no Rio de Janeiro na tarde desta sexta. O presidente classificou a retomada do PAC como o “início” de seu terceiro mandato no Palácio do Planalto.
“Hoje começa o meu governo. Até agora, o que nós fizemos foi reparar aquilo que tinha desandado”, disse. “Ministro vai ter que parar de ter ideia. Ministro vai ter que trabalhar muito para que a gente possa executar esse PAC”, continuou.
O programa prevê investimentos de R$ 1,68 trilhão nos próximos anos, mas Lula ressaltou também que novos projetos podem ser incluídos no programa.
“Se tiver novos projetos e alguém tiver disposto a ajudar, esse R$ 1,7 trilhão pode crescer para R$ 2 trilhões ou mais. Se o (Ministro da Fazenda) Haddad abrir um pouco a mão, pode ter um pouco mais de dinheiro para a gente fazer mais coisas neste país.”
Além de ministros da administração federal, a cerimônia contou com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e governadores.
Também estiveram presentes representantes do setor empresarial, a quem Lula endereçou sua fala.
“O Estado vai voltar a ser um Estado empresarial. Os empresários não tenham medo disso. A gente não quer um Estado empresário. A gente quer um Estado indutor. Um Estado capaz de promover o debate e de dizer onde que as coisas devem ser feitas”, disse Lula.
O presidente também fez questão de pontuar a responsabilidade ambiental incutida no desenho do novo PAC.
“Já fomos rígidos do ponto de vista ambiental ao selecionar grandes obras do Novo PAC. Da mesma forma, seremos criteriosos nas análises de licenciamento ambiental”, afirmou.