quinta-feira, 20 março 2025
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Apesar de falas de Ciro Nogueira, setores do PP defendem que partido siga com ministério no governo Lula

Apesar das falas públicas do presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), de que o partido deveria desembarcar do governo Lula, dirigentes da legenda defendem, de forma reservada, que a sigla precisa seguir à frente do Ministério do Esporte para manter um diálogo aberto com o Palácio do Planalto.

O PP integra o grupo conhecido como Centrão, bloco informal de partidos que não são totalmente alinhados à esquerda nem à direita. Assim, a legenda é composta por parlamentares que apoiam o governo e, ao mesmo tempo, por parlamentares que fazem oposição.

Ao longo dos últimos anos, a sigla comandou ministérios, por exemplo, nos governos Dilma Rousseff (PT), Michel Temer (MDB), Jair Bolsonaro (PL) e, agora, no governo Lula.

Ex-aliado de Dilma, o presidente do partido, Ciro Nogueira, foi ministro da Casa Civil de Bolsonaro e costuma fazer críticas públicas ao governo Lula. Costuma dizer que o fato de o deputado André Fufuca (PP-MA) comandar o Ministério do Esporte é uma decisão pessoal do atual presidente da República, não do partido – Fufuca é aliado do ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL).

Para um articulador do partido no Congresso, “não faz sentido” o PP desembarcar do governo Lula e entregar o Ministério do Esporte.

Afirma, de forma reservada, que a legenda hoje tem diálogo com o Palácio do Planalto; que integrantes do partido são recebidos nos ministérios e têm seus pleitos atendidos; e que parlamentares são chamados a contribuir com algumas propostas em tramitação no Congresso.

Acrescenta esse dirigente que, na prática, se o PP decidir ser oposição e ter comportamento “igual ao do PL”, vai “fechar portas” e pode se prejudicar.

“Os deputados vão ficar presos no mandato e não vão conseguir nada assim”, afirmou.

Eleição de 2026

Internamente, o partido também se divide sobre as futuras eleições de 2026.

Há alas que defendem o embarque em uma candidatura de centro à presidência da República.

Nesse cenário, a possível federação com o União Brasil privilegiaria o passe da aliança no balcão de apoios.

Para isso, dizem, o partido não abrirá ou tenderá a qualquer um dos lados, fazendo acenos tanto à oposição quanto ao governo.

Há uma avaliação de que a medida vai potencializar a presença da sigla em qualquer discussão eleitoral.

Dirigentes do PP sinalizam que há uma tendência de que o partido esteja alinhado com o Republicanos no próximo pleito. Isso refletiria a predileção e a defesa pública de Ciro Nogueira a uma candidatura ao Planalto do governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos).
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