Apoiadores de Julian Assange, fundador do WikiLeaks, disseram na quarta-feira (24) que a campanha para libertá-lo está “à beira do sucesso” após uma pressão diplomática coordenada por seu país, a Austrália, que diz que ele está preso há muito tempo.
Assange está detido no Reino Unido e luta contra a extradição para os Estados Unidos, onde é procurado por acusações criminais pela divulgação de registros militares confidenciais e telegramas diplomáticos norte-americanos em 2010.
Centenas de apoiadores se reuniram no Hyde Park, em Sydney, para uma marcha pela cidade que foi originalmente planejada para coincidir com a visita do presidente Joe Biden, que cancelou sua visita devido à crise do teto da dívida dos EUA.
A esposa de Assange, Stella Assange, viajou para a Austrália para o protesto e disse à Reuters que as reuniões com políticos em Canberra foram produtivas.
“O que sinto intensamente é um esforço concentrado para trazer Julian para casa pelos políticos australianos, governo e população australiana”, disse ela.
A pressão para a libertação de Assange está “à beira do sucesso”, disse seu pai, John Shipton, à Reuters.
A Austrália está apoiando a campanha pela libertação de Assange antes de sua extradição para os EUA e tanto o primeiro-ministro, Anthony Albanese, quanto o líder da oposição, Peter Dutton, disseram neste mês que sua detenção “já durou muito tempo”.
O WikiLeaks ganhou destaque em 2010, quando divulgou milhares de arquivos secretos e telegramas diplomáticos no que foi a maior violação de segurança desse tipo na história militar dos EUA.