O Brasil passou a ocupar a segunda posição no ranking global de juros reais após a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central de elevar a taxa básica de juros ( Selic ) em 1 ponto percentual, alcançando 12,25% ao ano. Em novembro, o país ocupava a terceira posição no ranking.
Com o ajuste, o juro real brasileiro ficou em 9,48%, superado apenas pela Turquia, que lidera o ranking com 13,33%.
A decisão do Copom reflete preocupações com a inflação e a estabilidade econômica do país, em um contexto de pressão inflacionária, risco fiscal, volatilidade cambial e receios relacionados ao pacote de corte de gastos do governo, conforme análise do mercado financeiro.
A elevação da Selic representa a terceira alta consecutiva e sinaliza os esforços do Banco Central para conter a alta dos preços e buscar a estabilidade da economia. A decisão pode trazer impactos diretos ao mercado financeiro e à atividade econômica, com possíveis reflexos no crédito e no consumo.
No ranking de juros reais, a Argentina apresentou uma melhora, passando da última posição para o 28º lugar, com a volta a taxas reais positivas. Já a Holanda ocupa agora a última posição no levantamento.
- Turquia – 13,33%
- Brasil – 9,48%
- Rússia – 8,29%
- Colômbia – 6,46%
- México – 5,75%
- África do Sul – 4,48%
- Indonésia – 4,19%
- Filipinas – 2,92%
- Índia – 2,43%
- Hong Kong – 2,13%
- Reino Unido – 2,09%
- Hungria – 1,87%
- Estados Unidos – 1,65%
- Tailândia – 1,43%
- Cingapura – 1,33%
- Chile – 1,30%
- Malásia – 1,19%
- Austrália – 1,18%
- Israel – 1,17%
- Coreia do Sul – 0,75%
- República Tcheca – 0,58%
- França – 0,47%
- Itália – 0,41%
- Nova Zelândia – 0,39%
- Áustria – 0,21%
- Alemanha – 0,17%
- Polônia – 0,14%
- Argentina – 0,07%
- China – -0,03%
- Grécia – -0,06%
- Suíça – -0,22%
- Espanha – -0,22%
- Portugal – -0,23%
- Taiwan – -0,57%
- Suécia – -0,59%
- Canadá – -0,77%
- Bélgica – -1,14%
- Japão – -1,45%
- Dinamarca – -2,1%
- Holanda – -3,92%
Juros nominais
Apesar da posição de destaque em juros reais, o Brasil permanece em quarto lugar no ranking global de juros nominais, em um cenário onde ajustes econômicos globais têm causado mudanças nas posições dos países.
Veja abaixo:
- Turquia: 50%
- Argentina: 32%
- Rússia: 21%
- Brasil: 12,25%
- México: 10,25%
- Colômbia: 9,75%
- África do Sul: 7,75%
- Hungria: 6,50%
- Índia: 6,50%
- Filipinas: 6%
- Indonésia: 6%
- Polônia: 5,75%
- Chile: 5,25%
- Hong Kong: 5%
- Reino Unido: 4,75%
- Estados Unidos: 4,50%
- Israel: 4,50%
- Austrália: 4,35%
- Nova Zelândia: 4,25%
- República Checa: 4%
- Canadá: 3,75%
- Alemanha: 3,40%
- Áustria: 3,40%
- Espanha: 3,40%
- Grécia: 3,40%
- Holanda: 3,40%
- Portugal: 3,40%
- Bélgica: 3,40%
- França: 3,40%
- Itália: 3,40%
- Cingapura: 3,19%
- China: 3,10%
- Coreia do Sul: 3%
- Malásia: 3%
- Dinamarca: 2,85%
- Suécia: 2,75%
- Tailândia: 2,25%
- Taiwan: 2%
- Suíça: 1%
- Japão: 0,25%