sexta-feira, 29 novembro 2024
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Após derrotas no Congresso, Lula recebe líderes e ministro da articulação política no Planalto

Após derrotas que expuseram a fragilidade da base do governo no Congresso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comandou na manhã desta segunda-feira (3), no Palácio do Planalto, uma reunião com a equipe responsável pela articulação política.

Lula reuniu o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, os líderes do governo e representantes da Casa Civil e do Ministério da Fazenda:

Randolfe Rodrigues (AP), líder do governo no Congresso;

Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado;

José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara;

Miriam Belchior, secretária-executiva da Casa Civil;

Dario Durigan, secretário-executivo da Fazenda.

Lula decidiu retomar esse formato de reunião após as derrotas da semana passada, quando deputados e senadores derrubaram vetos do presidente a projetos aprovados anteriormente pelo Congresso Nacional. Na sessão conjunta de deputados e senadores, houve:

derrubada do veto de Lula à lei que proíbe as saidinhas de presos: os partidos com ministério deram 173 votos contra o governo, e 123 a favor;

manutenção do veto de Bolsonaro à criminalização das fake news eleitorais: 197 votos contra o governo Lula (manutenção do veto), e 125 a favor;

derrubada do veto de Lula a trecho da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que tenta restringir gastos do governo que poderiam ofender valores conservadores: 124 votos a favor e 242 contra

Essas derrotas, com votos em massa de parlamentares de partidos com ministérios, levaram aliados de Lula a avaliar que é preciso ampliar o número de siglas com espaço na articulação política, já que a atual equipe é dominada pelo PT, partido do presidente.

Os resultados demonstraram que a base mais fiel ao governo tem pouco mais de cem deputados na Câmara, diagnóstico que Lula faz com frequência em cerimônias.

Defensores do atual modelo de articulação argumentam que é natural a dificuldade nas pautas de costume, a exemplo do veto das saidinhas de presos, mas que o governo acumula vitórias na agenda econômica.
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