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terça-feira, 8 abril 2025
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Apple enfrenta terceiro dia de queda após tarifas de Trump

Onur Binay

Tarifas impostas pelo governo dos EUA impactam gigante da tecnologia

Nesta segunda-feira (7), a Apple registrou uma perda de US$ 104 bilhões (R$ 612 bilhões) em valor de mercado, marcando o terceiro dia consecutivo de desvalorizações após a imposição de novas tarifas anunciadas pelo presidente Donald Trump, que afetam majoritariamente os produtos fabricados na China.

A perda expressiva, que acumula uma queda de 18% no valor da empresa desde a divulgação das novas taxas, reflete a preocupação dos investidores com os custos adicionais na cadeia produtiva da companhia.

Com 90% dos iPhones produzidos na China, segundo o jornal The New York Times, a Apple enfrenta a possibilidade de aumento nos custos em cerca de US$ 8,5 bilhões (R$ 50 bilhões), conforme avaliação da empresa de investimentos Morgan Stanley.

Entre os produtos que compõem a maior parte do faturamento da empresa – iPhone, iPad e Apple Watch – essa pressão pode significar a redução de margens de lucro ou o repasse dos custos aos consumidores.

Repercussão no mercado acionário

Dentro das chamadas “ Sete Magníficas ” do setor de tecnologia, apenas Tesla e Microsoft também tiveram quedas no mesmo período, enquanto outras gigantes como Nvidia, Amazon, Meta e Alphabet apresentaram alta.

Em um contexto mais amplo, as empresas do setor já acumularam perdas bilionárias durante os dias anteriores, evidenciando o cenário de incertezas e os desafios enfrentados pela indústria frente à guerra comercial.

A Apple poderá decidir entre absorver os novos custos – o que reduziria sua margem de lucro –, ou repassá-los aos consumidores, o que pode elevar o preço de produtos como o iPhone 16 Pro Max, por exemplo. Segundo projeções da empresa de investimentos Rosenblatt Securities, esse aumento pode chegar a 43%.

Analistas destacam que a Apple se mostra uma das empresas mais vulneráveis nessa fase de tensão comercial, devido à sua elevada dependência da manufatura chinesa.

Mesmo com unidades produtivas em países como Índia, Vietnã e Tailândia, os efeitos das novas tarifas geram apreensão no mercado, que observa atentamente a evolução dos custos e da competitividade global da indústria de tecnologia.

A empresa não comentou oficialmente a situação.



Fonte: iG

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