Nesta quarta-feira, 12, o programa Pânico recebeu o senador Marcos Pontes (PL-SP). Em entrevista, ele comentou sobre as discussões na direita e a recente polêmica entre o governador Tarcísio de Freitas e o ex-presidente Jair Bolsonaro em relação à reforma tributária. “Eu estava na reunião onde o Tarcísio foi justamente para falar a respeito da reforma tributária do ponto de vista do governo do Estado de São Paulo. É lógico, muito preocupante uma reforma como essa, eu sou contra do jeito que está agora, mas é ele falando de como ele via, pontos favoráveis e contrários. O que é normal, discussões são normais, você precisa ter isso. O presidente entrou para poder falar alguma coisa, é normal. Reunião de parlamentar sempre vai ter os que levantam, faz parte do ambiente. Eu não gosto muito desse tipo de coisa, mas é assim que acontece lá”, defendeu. “Tem muitos pontos a serem esclarecidos. Você precisa discutir, mas não externamente. Aqueles que apoiam a direita precisam apoiar, discutir de vez em quando os pontos de vida mas querem atacar? Ataque a esquerda. Tem muita gente querendo lacrar, like não ganha essa guerra. Nós precisamos ficar unidos o tempo todo, contra o outro lado e a favor do Brasil. Não contra o que está combatendo em conjunto contigo”, acrescentou.
O parlamentar afirmou estar preocupado com falta de esclarecimentos envolvendo a nova reforma e assegurou que se dispõe a realizar audiências no Senado com diferentes setores sociais interessados em esclarecer e discutir as futuras leis de tributo. Pontes disse que suas redes sociais contam com um formulário para preencher e negociar sessões sobre o tema. “Ninguém está sabendo exatamente como vai ser, o risco é muito grande. A ideia é conversar com entidades, diversos setores, ver a opinião, tentar colocar emendas necessárias para corrigir. Se não der, ela vai voltar para a Câmara. A gente vai tentar usar ferramentas legislativas para melhorar. Uma possibilidade é que faça um fatiamento”, refletiu. “Está ali a reforma, olhei e conversei, fiz reuniões. Ela simplifica um pouco? Simplifica, mas, fora isso, a descentralização não vai acontecer. Você vai votar em um negócio que você não sabe ainda? Quanto vai ser a alíquota? Tudo vai ser definido ainda, isso assusta demais. O setor de serviços, por exemplo, está desesperado. Você soma com o arcabouço, do jeito que está, vai precisar de muito dinheiro”, concluiu.
Fonte: JP