Da Redação Avance News
O Rio Grande do Sul é o maior produtor nacional de arroz, respondendo por cerca de 70% do total cultivado no país. Quando as enchentes atingiram o estado em maio deste ano, algumas regiões ainda tinham 40% das áreas por colher, o que equivalia a cerca de 41 mil hectares.
Contudo, a tragédia não foi suficiente para derrubar a produção, mantendo-se em, aproximadamente, 7 milhões de toneladas. O balanço de resiliência foi apresentado pela Federação das Associações de Arrozeiros do estado (Federarroz) nesta terça-feira (10).
O presidente da entidade, Alexandre Velho, ressaltou que entre os desafios do ano estiveram os leilões da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) que, no auge da crise e na tentativa de frear um possível desabastecimento do cereal no país, ofertaram o produto a preços muito abaixo do mercado, o que pode desestimular os produtores do estado.
Extensão do zoneamento agrícola
A semeadura do ciclo 2024/25 do arroz está atrasada pelo excesso de chuva. Segundo o Instituto Riograndense do Arroz (Irga), ainda faltam cerca de 50 mil hectares a serem plantados, sendo que a janela ideal encerrou-se na metade de novembro.
Os maiores atrasos estão na região central do estado, onde muitos produtores não conseguiram recuperar áreas e sistema de irrigação a tempo. Por conta disso, a Federarroz solicitou ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) a extensão do zoneamento agrícola para que a região tenha permissão de plantar até o dia 20 de dezembro.
A área de produção de arroz para esta safra está indicada pelo Irga em 948 mil hectares, alta de 5% frente à última temporada. Já a soja em terras baixas deve ter uma a queda de 4%, somando cerca de 400 mil hectares.