A
vacina bivalente
contra a Covid-19
está com baixa adesão em grupos de maior risco no Brasil. O imunizante começou a ser disponibilizado no final de fevereiro. Até o momento, 17,6% do público elegível se vacinaram. Segundo o Ministério da Saúde, foram aplicadas 9,7 milhões de doses até o último dia 20. A expectativa é atingir a imunização de 55 milhões de pessoas.
Podem receber a vacina bivalente:
quem tem mais de 60 anos;
pessoas entre 12 e 59 anos;
pessoas com algum tipo de comorbidade;
indígenas, ribeirinhos e quilombolas;
trabalhadores da saúde;
gestantes e puérperas;
presos, adolescentes em medidas socioeducativas e funcionários do sistema prisional.
Governo se preocupa com movimento antivacina
O diretor do Departamento de Imunizações do Ministério da Saúde
, Éder Gatti, criticou, nesta quinta-feira (20), o movimento antivacinas, principalmente entre os médicos.
“Lamentamos muito a inércia do Conselho Federal de Medicina diante de profissionais médicos que disseminam mentiras, que fazem exploração econômica dessa situação. E esperamos que o Conselho Federal de Medicina reveja a sua postura”, afirmou Éder.
Segundo o diretor, o movimento antivacina, no geral, ganhou mais força com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) descredibilizando o imunizante durante a pandemia.
“Enquanto [o governo anterior] oferecia vacina, havia um discurso oficial contra a credibilidade delas, o que alimentou um movimento que perdura até hoje. A gente imaginava que enfrentaria muita dificuldade, havia muita gente jogando contra. E, de fato, o número demonstra o tamanho da resistência criada”, afirmou Gatti.
Para tentar avançar na vacinação, o Ministério da Saúde continuará com a campanha de conscientização do público-alvo sobre a importância da vacina, garantindo que ela é segura e eficaz contra a Covid-19.
“A gente vai lançar em breve uma ação de multivacinação. Temos problemas também em vacinas da rotina, e muitas crianças estão desprotegidas. A vacina contra covid estará nessa ação”, destacou Éder Gatti.
As vacinas bivalentes da Pfizer oferecem proteção contra a variante original do vírus causador da covid-19 e contra as cepas que surgiram posteriormente, incluindo a Ômicron, variante de preocupação no momento. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já atestou a segurança das doses disponíveis no Brasil.